terça-feira, 17 de abril de 2018


Administração das Visitas às Relíquias Sagradas e as Revoltas

 

É problema de teoria das filas tão agudo que sequer vou me aventurar a fazer qualquer sugestão.

Imagine aqueles milhões que pensei (só a realidade é válida e, como dizem, o primeiro encontro com a realidade destrói qualquer plano) em volta dos setes lugares - necessariamente esparsos – estocadores e guardadores das RS; muitos deles acamparão PARA SEMPRE, vivendo de bicos nas redondezas e de esmolas, mesmo pessoas que antes eram ricas, vivendo como moradores de rua, conversando infindavelmente sobre as RS em exasperação religiosa furiosa, fanática a não mais poder.

Como já disse, não são relíquias de santos, sobre as quais muita vezes pairam dúvidas, resultantes das falsificações persistentes que os malandros de sempre perpetraram através da geo-história e ainda cometem, mesmo com conhecedores, gente que se tem na mais alta conta de especialistas e deparam com novas avalições que demonstram sem sombra de dúvida a falsidade da obra adquirida por preço alto.

São objetos dados por Deus a Adão e Eva e destinados a nunca enferrujar, a nunca arruinar, por mais que passe o tempo, o que por si só deixará os engenheiros e físicos de cabelo em pé.

Um crente não precisa de nenhum conhecimento para ligar-se emocionalmente a tais provas inequívocas e infalsificáveis da presença de Deus, e ai daquele que duvidar! Sobrevirão quebra-paus inimagináveis, confusões indescritíveis, chacinas de homens, mulheres e crianças de todas as idades, tiroteios policiais, gente armada resolvendo na bala.

Décadas passarão antes que se acalmem.

A mídia estará constantemente envolvida com isso, os outros assuntos TODOS serão esquecidos, a qualidade de vida declinará, a expectativa de vida colapsará, os suicídios aumentarão a olhos vistos, os programas governempresariais arrefecerão (os governempresas estarão em volta também): os com alguma capacidade de raciocínio, com frieza, deverão tentar voltar os olhos para a sustentação da humanidade.

Milhões de lugares esburacados, ruína das construções.

Certamente que acha-las será avanço, o mais importante de todos, o único verdadeiramente fundamental, que se dará a custo muito alto.

E nisso tudo há que administrar as visitações, o empurra-empurra nos portões dos complexos. Vou te contar, nunca pude imaginar algo mais terrível, nem a queda das flechas (cometas e meteoritos), nem a hipermineração.

Vitória, terça-feira, 17 de abril de 2018.

GAVA.

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