Música Capixaba de
Feira e Música de Escola Capixaba
Passando diante da Escola Capixaba de
Música na Esplanada Capixaba em Vitória vi um outdoor sobre a Feira Capixaba de
Música: um concerto espírito-santense de músicas. Então imaginei duas
diversões:
1. Músicos
capixabas contratados
pelos governempresas para tocar nas feiras livres (há uma aos sábados em Jardim
da Penha, Vitória), pagos em parte pelos feirantes e em parte pelos municípios
e pelo estado;
2. Música
de escola: como
nas escolas americanas bandas formadas e instrumentos comprados (como venho
insistindo faz muito tempo relativo) para ficarem à disposição nos
educandários. Colocação de professores-maestros em cada escola formando duplas,
trios, quartetos, bandas, orquestras.
Daí teríamos com o correr das décadas
uma ESCOLA DE MÚSICA CAPIXABA, um estilo ou modelo particular do Espírito Santo
notável em toda parte. E então uma FEIRA DE MÚSICA CAPIXABA congregadora do
modo de ser, ter e estar daqui.
Ora, essas coisas são esculturas
psicológicas, são instrumentalizações para a formação da visão-de-mundo
capixaba. Dependem de investimentos pesados na compra de instrumentos, na
vigilância deles contra os depredadores, na criação do interesse, na formação
do espaçotempo de apresentações e assim por diante. Significa um esforço de
décadas em produçãorganização. Décadas.
Significa visão das lideranças e dos
políticos, para não falar dos pesquisadores universitários e outros; significa
empenho constante e contínuo de muita gente comum e qualificada nos propósitos
gerais. Não é descartável, é coisa de fundo, carreira grande pelo futuro.
Vitória, quinta-feira, 16 de fevereiro
de 2006.
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