quarta-feira, 16 de novembro de 2016


Tu Te Tornas Eternamente Responsável por Aquilo que Cultivas

 

Como disse Clarice Lispector, eternidade tem um T granítico no meio. Já a frase acima modificada é de Saint-Exupéry: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

O CATIVEIRO DO AMOR (como disse Jesus, o jugo dele é leve, é liberdade, o que é prisão é o amor-desejo humano, a ânsia de possuir, inclusive pessoas) – traduções na Rede Cognata.

AMOR VERDADEIRO LEVA À LIBERDADE.
RESPONSABILIDADE.
CATIVEIRO = ETERNIDADE.
Sujeita ao tempo.
Não sujeita ao tempo.
Tempo.
Espaço.
Deus.
Natureza.
NÃO-OBJETO = LIVRE = LIBERTO.
OBJETO = CATIVO = ROBÔ.
Verdadeira responsabilidade, a de defender a liberdade.
Falsa liberdade, o aprisionamento do ser como objeto.

Evidentemente, cativar é prender, correspondendo à responsabilidade eterna de manter e dar atenção, a querer sempre ter um futuro com o objeto, a desejar mantê-lo prisioneiro como robô.

Isso foi de passagem.

Aqui estamos investigando o que “cultivas”, o que desenvolves, o que aperfeiçoas, o que propagas, etc., tudo que é criado, por exemplo, uma horta, pois do mesmo modo como cultivas os legumes, folhas, tubérculos, frutas e que tais - os hortifrutigranjeiros ou quaisquer coisas -, elas também de prendem, viciam você na reprodução delas, a depender delas, por exemplo, ganhar dinheiro, construir prédios ou jogos, programas ou máquinas, estradas ou portos, tudo mesmo.

Na produção de cada coisa dessas - em todo o largo fazer humano em 6,5 mil profissões, nos 8,0 mil bancos, nas 6,0 universidades - estamos propensos às duas responsabilidades, à que, ao usar demais os objetos nos objetifica (nos leva à objetificação, a nos tornar objeto), e à que por ser de menos nos liberta; mas não totalmente sem, apenas com menos.

Não criar TANTOS pastos e não ficar preso à ecologia a ponto de torna-la fascismo impeditivo, não criar tanto lixo nem deixar de usar.

Enfim, temos de ser ponderados.

Serra, terça-feira, 01 de setembro de 2015.

GAVA.

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