Tu
Te Tornas Eternamente Responsável por Aquilo que Cultivas
Como disse Clarice Lispector, eternidade tem
um T granítico no meio. Já a frase acima modificada é de Saint-Exupéry: “Tu te
tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
O CATIVEIRO DO AMOR (como disse Jesus, o
jugo dele é leve, é liberdade, o que é prisão é o amor-desejo humano, a ânsia
de possuir, inclusive pessoas) – traduções na Rede Cognata.
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AMOR VERDADEIRO
LEVA À LIBERDADE.
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RESPONSABILIDADE.
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CATIVEIRO =
ETERNIDADE.
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Sujeita ao tempo.
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Não sujeita ao tempo.
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Tempo.
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Espaço.
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Deus.
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Natureza.
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NÃO-OBJETO = LIVRE
= LIBERTO.
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OBJETO = CATIVO =
ROBÔ.
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Verdadeira responsabilidade, a de defender
a liberdade.
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Falsa liberdade, o aprisionamento do ser
como objeto.
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Evidentemente, cativar é prender,
correspondendo à responsabilidade eterna de manter e dar atenção, a querer
sempre ter um futuro com o objeto, a desejar mantê-lo prisioneiro como robô.
Isso foi de passagem.
Aqui estamos investigando o que “cultivas”, o
que desenvolves, o que aperfeiçoas, o que propagas, etc., tudo que é criado,
por exemplo, uma horta, pois do mesmo modo como cultivas os legumes, folhas,
tubérculos, frutas e que tais - os hortifrutigranjeiros ou quaisquer coisas -,
elas também de prendem, viciam você na reprodução delas, a depender delas, por
exemplo, ganhar dinheiro, construir prédios ou jogos, programas ou máquinas,
estradas ou portos, tudo mesmo.
Na produção de cada coisa dessas - em todo o
largo fazer humano em 6,5 mil profissões, nos 8,0 mil bancos, nas 6,0
universidades - estamos propensos às duas responsabilidades, à que, ao usar
demais os objetos nos objetifica (nos leva à objetificação, a nos tornar
objeto), e à que por ser de menos nos liberta; mas não totalmente sem, apenas
com menos.
Não criar TANTOS pastos e não ficar preso à
ecologia a ponto de torna-la fascismo impeditivo, não criar tanto lixo nem
deixar de usar.
Enfim, temos de ser ponderados.
Serra, terça-feira, 01 de setembro de 2015.
GAVA.
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