Quando Parei de Usar Freudenthal
HANS E AS PERSPECTIVAS DELE
HANS FREUDENTHAL
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PERSPECTIVAS DA MATEMÁTICA (dele).
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Muito
competente, muito admirado, alemão 1905-1990.
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O livro é
Hans Freudenthal, Perspectivas da Matemática, Rio de Janeiro, Zahar, 1975
(original de 1967), comprei mais ou menos na data, li partes, deixei de lado,
retomarei agora se puder.
Ele fala
umas coisas com que não posso concordar.
NÃO-CONCORDO (na nova leitura não fui além da página 5)
CITAÇÃO.
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DESCONCORDÂNCIA E EXPLICAÇÃO.
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“Mas desde
o seu surgimento a matemática ultrapassou seus objetivos. Tal como um jogo de
números e figuras, ela passou a ter um fim em si mesma”.
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De modo
nenhum passou a ter um fim em si mesma, pois, por exemplo, a matemática
teórica, chamada de “pura” serve para agradar aos seus proponentes e aos
pares, àqueles que a estudam à custa dos recursos sociais. Quer dizer, em vez
da coletividade tirar leite das vacas são as alegres vaquinhas que puxam da
teta (tão generosa é a sociedade atual) dos governempresas. Depois, serve ao
Estabelecimento geral, à Universidade geral, ao Governo geral como índice de se
estar fazendo algo nobre, embora desconhecido de quase todos e, até ter
utilidade, diversão inútil, porisso mesmo supervalorizada.
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“Conquanto
a matemática não cogite da realidade em si (...)”.
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Medita,
sim, conjectura o tempo todo sobre ela, embora por definição não seja a
realidade dita material, é a realidade ideal, aliás, a única verdadeira,
porque é a do elemento subsistente, Deus, enquanto sua sombra, a Natureza que
perece, acaba, termina miseravelmente depois de umas poucas dezenas de bilhões
de anos, é o lado tão valorizado em nossa ignorância. A Matemática geral
cogita DA VERDADEIRA REALIDADE e para isso supre em números e figuras
inexistentes - e inalcançáveis materialmente - aquelas dimensões autênticas.
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Eis as
razões porque não tenho usado Freudenthal.
Vou retomar,
depois dos reparos, mas não será a mesma coisa.
Ficou um
travo de amargura.
Serra,
quarta-feira, 11 de novembro de 2015.
GAVA.
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