terça-feira, 29 de novembro de 2016


Quando Parei de Usar Freudenthal

 

HANS E AS PERSPECTIVAS DELE

HANS FREUDENTHAL
PERSPECTIVAS DA MATEMÁTICA (dele).
http://www.icmihistory.unito.it/portrait/img/freudenthal1.png
Muito competente, muito admirado, alemão 1905-1990.
 

O livro é Hans Freudenthal, Perspectivas da Matemática, Rio de Janeiro, Zahar, 1975 (original de 1967), comprei mais ou menos na data, li partes, deixei de lado, retomarei agora se puder.

Ele fala umas coisas com que não posso concordar.

NÃO-CONCORDO (na nova leitura não fui além da página 5)

CITAÇÃO.
DESCONCORDÂNCIA E EXPLICAÇÃO.
“Mas desde o seu surgimento a matemática ultrapassou seus objetivos. Tal como um jogo de números e figuras, ela passou a ter um fim em si mesma”.
De modo nenhum passou a ter um fim em si mesma, pois, por exemplo, a matemática teórica, chamada de “pura” serve para agradar aos seus proponentes e aos pares, àqueles que a estudam à custa dos recursos sociais. Quer dizer, em vez da coletividade tirar leite das vacas são as alegres vaquinhas que puxam da teta (tão generosa é a sociedade atual) dos governempresas. Depois, serve ao Estabelecimento geral, à Universidade geral, ao Governo geral como índice de se estar fazendo algo nobre, embora desconhecido de quase todos e, até ter utilidade, diversão inútil, porisso mesmo supervalorizada.
“Conquanto a matemática não cogite da realidade em si (...)”.
Medita, sim, conjectura o tempo todo sobre ela, embora por definição não seja a realidade dita material, é a realidade ideal, aliás, a única verdadeira, porque é a do elemento subsistente, Deus, enquanto sua sombra, a Natureza que perece, acaba, termina miseravelmente depois de umas poucas dezenas de bilhões de anos, é o lado tão valorizado em nossa ignorância. A Matemática geral cogita DA VERDADEIRA REALIDADE e para isso supre em números e figuras inexistentes - e inalcançáveis materialmente - aquelas dimensões autênticas.

Eis as razões porque não tenho usado Freudenthal.

Vou retomar, depois dos reparos, mas não será a mesma coisa.

Ficou um travo de amargura.

Serra, quarta-feira, 11 de novembro de 2015.
GAVA.

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