Sentimento de Perda
Durante toda
minha vida fiz questão de proceder ao contrário de quase todos, não acumulando
riquezas (fora livros e informação) como casas, apartamentos, ações, carros,
piscinas, viagens demonstrativas de si acima dos demais, contas bancárias,
contas de poupança, joias – desprezei tudo isso, inclusive principalmente os
juros, porque significava o arrochamento dos outros, porisso a única conta de
poupança que minha mãe criou para mim quando era jovem logo zerei.
A razão era
essa: os juros significam o sacrifício alheio (quase todos acham comum,
extremamente útil tirar das pessoas).
Algo de
fundo também atuava.
A sensação
(posta do papel com o MP Modelo Pirâmide
e seus ciclos preditivos desde julho/1992) de que haveria um colapso (pré-anunciado
em 1977 com a visão, já vai fazer 40 anos) geral (como pensei à época, não
seria mais o navio que afundaria, seria o mar), veja A Feira das Catástrofes.
Imagine a
situação de todos esses bilhões de humanos que confiaram nos sinais numéricos
para conduzir suas vidas, a tremenda decepção de saber que tudo isso é conjunto
de sinais eletroquímicos cerebrais e que os números podem facilmente
desaparecer no fim das bolhas socioeconômicas, quando sobrevierem as
catástrofes.
Meramente
ninguém estudou isso PORQUE nunca houve, nunca aconteceu algo desse porte, o
mais perto a que chegamos foi o Craque de 1929 e mesmo isso será pálido perto
do pavor reinante logo mais. Eles sentirão não apenas como se fosse traição
(é), como principalmente como se não houvesse mais chão e eles mesmos tivessem
se transformado em fantasmas (o que vale mesmo é a alimentação e a bandeira
elementar – ar, água, terra-solo, fogo-energia e no centro Vida).
Que sensação
de total vazio!
Sentimento
de perda total por parte de quem confiou.
Serra,
sábado, 07 de novembro de 2015.
GAVA.
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