terça-feira, 29 de novembro de 2016


Sentimento de Perda

 

Durante toda minha vida fiz questão de proceder ao contrário de quase todos, não acumulando riquezas (fora livros e informação) como casas, apartamentos, ações, carros, piscinas, viagens demonstrativas de si acima dos demais, contas bancárias, contas de poupança, joias – desprezei tudo isso, inclusive principalmente os juros, porque significava o arrochamento dos outros, porisso a única conta de poupança que minha mãe criou para mim quando era jovem logo zerei.

A razão era essa: os juros significam o sacrifício alheio (quase todos acham comum, extremamente útil tirar das pessoas).

Algo de fundo também atuava.

A sensação (posta do papel com o MP Modelo Pirâmide e seus ciclos preditivos desde julho/1992) de que haveria um colapso (pré-anunciado em 1977 com a visão, já vai fazer 40 anos) geral (como pensei à época, não seria mais o navio que afundaria, seria o mar), veja A Feira das Catástrofes.

Imagine a situação de todos esses bilhões de humanos que confiaram nos sinais numéricos para conduzir suas vidas, a tremenda decepção de saber que tudo isso é conjunto de sinais eletroquímicos cerebrais e que os números podem facilmente desaparecer no fim das bolhas socioeconômicas, quando sobrevierem as catástrofes.

Meramente ninguém estudou isso PORQUE nunca houve, nunca aconteceu algo desse porte, o mais perto a que chegamos foi o Craque de 1929 e mesmo isso será pálido perto do pavor reinante logo mais. Eles sentirão não apenas como se fosse traição (é), como principalmente como se não houvesse mais chão e eles mesmos tivessem se transformado em fantasmas (o que vale mesmo é a alimentação e a bandeira elementar – ar, água, terra-solo, fogo-energia e no centro Vida).

Que sensação de total vazio!

Sentimento de perda total por parte de quem confiou.

Serra, sábado, 07 de novembro de 2015.

GAVA.

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