Ajuntamento Frouxo da Caverna-Terreirão
Como já
disse, durante mais de 40 anos defendi as minorias políticas (crianças, velhos,
pobres, negros, todos os inferiorizados, todos os despossuídos), inclusive as
mulheres, que amo.
Contudo, o
MCES Modelo da Caverno para a Expansão
dos Sapiens foi mostrando coisas distintivas que pareciam justificar os
preconceitos contra os quais eu trabalhava, por exemplo, definiu que as
mulheres, ficando com 90 a 80 % de todos na Caverna-Terreirão geral, tinham
todos os motivos para compartilhar frouxa união do propósito coletivo de fundo,
com carregada convivência hostil na superfície, enquanto para os homens seria o
contrário, tensão interpessoal ativa e preocupante em cima com união
indissolúvel na base, PORQUE iam caçar com 10 a 20 %, todos eram preciosos,
nenhum podia ser perdido na guerra de obtenção da Grande Proteína (podemos
pensar que também era assim com relação aos cães e aos cavalos, quando foram
domesticados e passaram a fazer parte do patrimônio MASCULINO da TCC Tribo do Cão-Cavalo). Então, havia
indisposição manifesta exterior entre machos, mas no fundo era o grupão que
prevalecia, essa verdadeira amizade masculina, o respeito pelo guerreiro que se
mostrou valente e útil – nada pode ser mais desprezível para os homens que o
“corpo mole”, o aproveitador, o morcego, aquele que é carregado, o doentio, o
mortiço.
Por
conseguinte, avultou que havia esse afrouxamento crônico da coesão feminina de
fundo (do ditado popular “as mulheres são todas inimigas umas das outras”),
enquanto na superfície fazem os rapapés, enganam com “risos falsos”. Por que
seria assim? Elas estavam em intensa competição para produzir garotinhos (não
menininhas, esse era o efeito colateral), futuro, manifestação de si nos genes
sobreviventes, concorrência pelos machos mais virtuosos forte-inteligentes em
verdadeiro braço-de-ferro pelo amanhã. Era infernal: enquanto nas caçadas os
homens tinham como inimigos principalmente os insetos, os predadores, as
dificuldades do terreno, os tropeços naturais, as mulheres TINHAM RACIONAIS por
inimigos, as outras e tudo de racional que as rodeava. Não eram adversários os
seres menores, como para os homens, sim as iguais, do mesmo porte imaginativo, o
perigo total as colocando sempre acesas, sempre atentas, sem descuidar um
minuto.
Não é de o
meu feitio falsificar a verdade, nem seria útil, portanto, tive de aceitar, mas
vi também que elas são formidáveis, pois mesmo com tantos empecilhos
conseguiram vencer e se tornar companheiras muito respeitáveis. Na parte de
cima e da frente, sorrisos e afagos, tapinhas nas costas, “meu amor, meu bem”, na
parte de baixo e de trás punhaladas ao menor descuido: que homem conseguiria
viver assim?
Agora as
admiro ainda mais que antes.
Serra,
sexta-feira, 30 de outubro de 2015.
GAVA.
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