domingo, 27 de novembro de 2016


Ajuntamento Frouxo da Caverna-Terreirão

 

Como já disse, durante mais de 40 anos defendi as minorias políticas (crianças, velhos, pobres, negros, todos os inferiorizados, todos os despossuídos), inclusive as mulheres, que amo.

Contudo, o MCES Modelo da Caverno para a Expansão dos Sapiens foi mostrando coisas distintivas que pareciam justificar os preconceitos contra os quais eu trabalhava, por exemplo, definiu que as mulheres, ficando com 90 a 80 % de todos na Caverna-Terreirão geral, tinham todos os motivos para compartilhar frouxa união do propósito coletivo de fundo, com carregada convivência hostil na superfície, enquanto para os homens seria o contrário, tensão interpessoal ativa e preocupante em cima com união indissolúvel na base, PORQUE iam caçar com 10 a 20 %, todos eram preciosos, nenhum podia ser perdido na guerra de obtenção da Grande Proteína (podemos pensar que também era assim com relação aos cães e aos cavalos, quando foram domesticados e passaram a fazer parte do patrimônio MASCULINO da TCC Tribo do Cão-Cavalo). Então, havia indisposição manifesta exterior entre machos, mas no fundo era o grupão que prevalecia, essa verdadeira amizade masculina, o respeito pelo guerreiro que se mostrou valente e útil – nada pode ser mais desprezível para os homens que o “corpo mole”, o aproveitador, o morcego, aquele que é carregado, o doentio, o mortiço.

Por conseguinte, avultou que havia esse afrouxamento crônico da coesão feminina de fundo (do ditado popular “as mulheres são todas inimigas umas das outras”), enquanto na superfície fazem os rapapés, enganam com “risos falsos”. Por que seria assim? Elas estavam em intensa competição para produzir garotinhos (não menininhas, esse era o efeito colateral), futuro, manifestação de si nos genes sobreviventes, concorrência pelos machos mais virtuosos forte-inteligentes em verdadeiro braço-de-ferro pelo amanhã. Era infernal: enquanto nas caçadas os homens tinham como inimigos principalmente os insetos, os predadores, as dificuldades do terreno, os tropeços naturais, as mulheres TINHAM RACIONAIS por inimigos, as outras e tudo de racional que as rodeava. Não eram adversários os seres menores, como para os homens, sim as iguais, do mesmo porte imaginativo, o perigo total as colocando sempre acesas, sempre atentas, sem descuidar um minuto.

Não é de o meu feitio falsificar a verdade, nem seria útil, portanto, tive de aceitar, mas vi também que elas são formidáveis, pois mesmo com tantos empecilhos conseguiram vencer e se tornar companheiras muito respeitáveis. Na parte de cima e da frente, sorrisos e afagos, tapinhas nas costas, “meu amor, meu bem”, na parte de baixo e de trás punhaladas ao menor descuido: que homem conseguiria viver assim?

Agora as admiro ainda mais que antes.

Serra, sexta-feira, 30 de outubro de 2015.

GAVA.

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