terça-feira, 29 de novembro de 2016


Contropressor

 

Quando comecei a postular acertar as coisas, fiquei pensando em inúmeras revoluções, por exemplo:

1.       A revolução dos meios-fios;

2.      A revolução da máquina de lavar;

3.      A revolução das palavras cruzadas;

4.     E haveria um zilhão de outras, inclusive as políticas.

Não poderíamos fazer isso, não só numa vida como em milhões delas, porque cada abordagem geraria debate de opositores, dos pares polares opostoc0mplementares que estão sempre prontos a voar um na goela do outro como inimigos mortais que sempre querem ser - e arranjar de ser - esquerda e direita nos extremos, superesquerda e superdireita, esquerdimo e direitismo, como são conhecidos, em lugar de procurar o centro esquerdireita.

Precisaria ser uma revolução geral.

Já faz bem uns dez anos que disse isso a minha filha Clara ali na calçada oposta da FAFI (antiga Faculdade de Filosofia, a cada administração municipal o prédio é atavicamente, tradicionalmente reformado, como se bastasse colocar nome para a realidade começar a pulsar), na Avenida Jerônimo Monteiro, centro de Vitória, ES – são coisas que marcam a gente.

E contra o que faríamos a pomposa Revolução Geral?

Não pode ser contra o que você não gosta ou o que eu não gosto, já que poderiam estar certos nossos pensamentos, ou você contra o que aprecio, eu contra o que você admira, pois poderiam estar erradas nossas opiniões.

Tem de ser contra o Opressor geral, seja você, seja eu, seja qualquer um, o que pode doer, e doer bastante porque, você sabe, as ideias que esposamos podem muito bem estar erradas.

Bom, antes de investir contra o erro, precisamos identificar o erro.

Para identificar o erro, precisamos saber do acerto e já vimos que O Acerto geral é A Verdade, detida em sua totalidade por Deus oculto, absoluto, não-finito, inalcançável por esforço racional.

Se não podemos saber o que é o acerto para com esse metro evitar o que não fosse ele, podemos nos aproximar em espiral, cada vez mais próximos, segundo os julgamentos, e mesmo esse conjunto poderia estar desencaminhado.

É um impasse.

O jeito clássico é respeitar as opiniões de todos e cada um. O nome – errôneo – disso é democracia, demo-cracia, poder do povo, mas não pode ser somente do povo, as elites teriam de ser incluídas, seria a população toda.

VEJAMOS NA INTERNET

Pausa para a Filosofia
CURSO DE FILOSOFIA
Baseado no livro “Convite à Filosofia”, de Marilena Chauí, publicado pela Editora Ática
Módulo 22 - Unidade 3
A verdade
Capítulo 3: As concepções da verdade (1/2)
 Em grego, verdade se diz aletheia, significando: não-oculto, não-escondido, não-dissimulado. O verdadeiro é o que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito; a verdade é a manifestação daquilo que é ou existe tal como é. O verdadeiro se opõe ao falso, pseudos, que é o encoberto, o escondido, o dissimulado, o que parece ser e não é como parece. O verdadeiro é o evidente ou o plenamente visível para a razão.

 Não verdade de um partido, governo, seção governamental, empresa, pessoa ou do que fosse, nem encarnado em qualquer um ou mesmo em todos, mas a propriedade condutora mesma, ALETHEIA, VERDADE, aleteiacracia, o poder da verdade, que viria a substituir a denegrida, viciada, demagógica democracia, em nome de quem tantos falam, a quem como a uma mãe todos amam, mas não obedecem.

Por si só a ALETEIACRACIA já é contra o opressor, sem precisar nomear quem quer que seja, sem precisar temer organização ou embate, ataque furioso ou repúdio, pois quem poderia ser contra a verdade?

Pois é uma ideia.

E, sendo uma ideia, está na cabeça de todos.

Mesmo quando fosse degenerada por brasileiros ruins, ainda permaneceria perfeitamente pura no recôndito, pois quando se castiga a verdade, não é ela que sofre, é o castigador, o repressor, o atacante.

Portanto, já temos o Opressor, é tudo que abusa de A Verdade, que ataca a Deus, submetendo-nos todos a vexames.

Serra, sábado, 03 de outubro de 2015.

GAVA.

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