Trocando em Miúdos
Tomando 1
(ano), coloquemos as frações.
TEMPO QUETUTINHAS
(como diz um colega, “mais um, menos um”, mais um dia vivido, menos um dia para
viver)
TAREFA
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QUANTIDADE
|
%
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SOMA
|
Sono.
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8
horas/dia, 1/3.
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33
|
33
|
Necessidades
ditas “fisiológicas” (urinar, defecar, tomar banho): não são apenas
biológicas, são psicológicas.
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Pelo menos
duas horas por dia, 2/24, 1/12.
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8
|
41
|
Necessidades
de sustentação (alimentação, hidratação, sexo).
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Outras
duas horas diárias.
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8
|
49
|
Comprar,
pagar.
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Uma
hora/dia.
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4
|
53
|
Viagens ao
trabalho: se as horas constitucionais são 2.107/ano, as de viagem podem ser ¼
disso, 500 horas/ano durante 30, 35, 40 anos.
|
Não dá
para avaliar, varia muito; para toda a vida, média de uma hora/dia.
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3
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56
|
Trabalho durante
30, 35, 40 anos.
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Oito horas
por dia, idem.
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4
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60
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SOBRAM DE 100.
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40
|
Seria
preciso calcular um a um, mas vamos dizer que sobrem 40 % do tempo, parte do
quais é gasto diante do TV viciante (parei de querer ver – porque sempre há uma
ligada aonde se vá, não dá para escapar mesmo – as pessoas ficam aturdidas
quando sabem da minha opção), parte em bebedeiras, parte em conversações, parte
com a mídia (Revista, Jornal, TV já mencionada, Cinema, Internet, Rádio), menos
Livro-Editoria, que é perigoso, faz pensar, isso traumatiza.
Então as
pessoas falam, as mulheres em compulsão-da-Caverna geral, os homens cooptados
até os 13 anos, viciados na língua. As pessoas quase todas falam o tempo todo
para evitar a qualquer custo pensar, isso lhes é doloroso. Como pensei sempre,
não reparei até muito tarde que a grande maioria faz de tudo mesmo para não
refletir, é o maior perigo da essênciexistência, o grande trauma.
De início,
naquela festa de pensar, inquirir, buscar as razões da Vida e da Psicologia,
achava que era geral, mas não é, aqueles 40 % são gastos em porcarias, em
besteiras; trocamos os nossos tempos miúdos por disparates de falso saber. As
pessoas em geral têm ojeriza do saber, representado principalmente pelos
livros, têm medo que se pelam deles, fogem deles como o diabo da cruz. Para mim
e outros, são brilhantes luminosos, porém para outros são índices de perigo.
Tão pouco
tempo, trocado por sandices da falsa sabedoria popular. Na realidade o povo e
as elites tem pavor do conhecimento, principalmente da pesquisa.
Serra,
domingo, 08 de novembro de 2015.
GAVA.
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