Acabar com as Favelas
Tinha ideia de que o percentual fosse maior,
não os 6 % que apareceram, na população de 205 milhões atuais, 12,3 milhões ou
cerca de 3,0 milhões de famílias típicas da FIBGE de 4,04 indivíduos/família.
Não que uma só família morando em condições subumanas não nos assuste, é só que
pensei ser número ainda mais desvantajoso.
Então comecei a pensar em acabar com elas, as
favelas, não as famílias.
De modo nenhum com tratores e marretas,
correntes gigantes ou qualquer violência e sim com anuência, aceitação e
participação.
Desde quando enviei ainda no governo de FHCB
a ideia de dar aos 30 % de miseráveis (isso se tornou a bandidíssima Bolsa
Família), ao custo então calculado, lá por 1996, de US$ 20 bilhões
anuais para pagar salário mínimo a cada família pai-e-mãe: esse dinheiro seria
recolhido de volta para comprar casa, que excitaria o mercado imobiliário; e
comprar móveis, introduzindo 30 % do povo brasileiro no mercado de trabalho e
consumo.
Fizeram tudo errado, transformação em doação
paralisante.
Aqui também não é para fazer besteira, falo
no sentido de as casas serem compradas por preço P que seria diminuído do custo
da casa nova ou apartamento, sendo dado aos moradores prazo mais longo, de 50
ou 60 anos para quitar o restante. Os cooptantes do sistema não seriam
enganados, de jeito nenhum, teriam pleno conhecimento de todo o projeto,
inclusive da vertente de acabar com o apoio aos bandidos, tirar os moradores da
região de medo constante deles e das invasões policiais, estabelecer novas
vizinhanças, começar a crescer, inclusive validando empréstimos para criação de
empresas, tudo garantidíssimo com trabalho do grupo familiar.
Casa comprada, ela seria demolida,
aproveitados os materiais, o lugar gramado e reflorestado, vedada a reocupação –
ao cabo de anos ou décadas toda a montanha ou palafita se tornaria mata em
clímax completo. Voltaria a ser floresta com árvores, pássaros, animais,
córregos – reurbanização completa. Claro, os proprietários da vizinhança
ganhariam com a valorização, mas os antigos favelados também, com sua nova vida
estável, passariam a produzirorganizar em conduções humanas.
Depois disso viriam as moradias assemelhadas,
um pouco melhores.
Milhares de empresas pequenas estariam
envolvidas.
Vitória, domingo, 27 de novembro de 2016.
GAVA.
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