segunda-feira, 14 de novembro de 2016


Doutri/nação

 

Doutrina, como já vimos, não é ação superdimensionada, SUPER-ação, é o sufocamento do próximo, é asfixia mental.

SUFOCANDO PESSOAMBIENTES

DOUTRINANDO PESSOAS
Sufocando indivíduos.
Abafando famílias.
Contendo grupos.
Reprimindo empresas.
DOUTRINANDO AMBIENTES
Refreando cidades-municípios.
Reprimindo estados.
Obliterando nações.
Jugulando mundos.

São sinônimos postos no Word, mas não tem o mesmo sentido, só coloquei para variar o sentido de encolhimento das cabeças.

São supressões, substituições do pensar e do agir alheios pelo do opressor, criando o senhor e o escravo, como na Alemanha nazista em que o senhor era Hitler e os escravos eram todos os alemães, tudo baseado no livro dele (e do que supostamente ajudou a anotar, Rudolf Hess), Minha Luta, que serviu de vetor dos auto-contraídos.

Mas, veja, o mundo é 50/50, a vontade não é suprimida realmente, só é entregue. As pessoas renunciam a ela, ela é substituída externamente; portanto, são cúmplices de seu próprio apagamento, viram fantasmas por vontade própria, tornam-se fantoches, mamulengos operados por outros.

São duplamente covardes:

1)      Porque não fazem, porque não são ativos, porque abandonam a criatividade – tornam-se passivos;

2)     Porque deixam-se fazer em corpo e mentalmente por outros, situados fora de si: vem daí que os servos sejam realmente alienados, estejam “fora de si” (suas personalidades POSSÍVEIS não são vistas), eles são titereados pelos seus controladores.

Tudo pode ser diminuído, abreviado, fechado, reduzido.

Contudo a pessoa tem de consentir (tanto em ser diminuída quanto em ser aumentada como, por exemplo, na escola, onde as crianças vão ser ampliadas em oito degraus do primeiro grau, três do segundo, cinco do terceiro e assim por diante os adultos até o pós-doutorado)

As pessoas e os ambientes CONSENTEM, autorizam a redução. Desse modo, quando a Itália adotou o fascismo, quando a Alemanha aceitou o nazismo, quando o Japão aceitou a fascistização, a maioria queria, pois bandearam-se todos para aquele domínio, a minoria sendo forçada, alguns resistindo, poucos mantendo-se não-escravos (não é nada fácil resistir à coletividade).Se a nação mergulha na doutrina, digamos, no nacionalismo (este ISMO identifica a super-afirmação, a negação, o fechamento focal, num ponto), mostra doença mental do tipo americanismo, brasileirismo.

Dos dois dicionários, o Dicionário da Natura, do Mal, e o Dicionário de Deus, do Bem, são diversos: o DD não admite supressões (você não ouve falar em honestimo, bondadismo, fielismo, pazismo, caridadismo, etc.), isso só acontece do lado da Natureza, PORQUE a redução/autorredução pode acontecer, mas sempre com a autorização do reduzido. Se há banditismo como super-afirmação é porque há bandidos, uma queda, uma contração da humanidade.

E toda super-afirmação é desejo, é querer, é vontade, é queda.

Quando uma nação passa a doutrinada, existe ao mesmo tempo o doutrinador e o doutrinado: este recua para a obediência e sua mente é substituída pelo outro ou outros.

DOUTRINAÇÃO (tanto o esquerdismo quanto o direitismo praticam)

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A doutri/nação é, então, a supressão da nação, sua substituição por outras nações, que são tidas como mais espertas, mais avançadas, mais dignas.

O doutrinado sente-se menor, digamos o brasileiro sente que não é suficiente, sente vergonha de si quando diante do outro de diversas nações, até de todas e de cada uma nas nações. Com isso aceita ser mentalmente possuído, cede espaço em sua mente para as ideias alheias, quase nada restando de si: para conversar, para ser ouvido, deixa outra cabeça e outra boca falarem por si. Morre em vida para aceitar as opiniões doutrem.

Não tem música, não tem pensamentos, não inventa, não tenta, é parcial ou totalmente desconstruído. A filosofia dos outros, a ciência dos outros, a religião dos outros, a arte dos outros, a matemática dos outros – tudo dos outros soa melhor, até a língua, que ele deixa aos poucos substituir. Envergonha-se de duas coisas, de sua história, de sua geografia (pensa em neve no quintal), sente que o seu é aviltamento.

Enfim, torna-se, por exercício de sua vontade (atribui isso, inclusive, aos outros, diz que fez porque mandaram), capacho do mandante do crime.

Não sabe pensar e não age sem que imponham.

É um depravado, um anão mental.

Precisa de autêntico esconjuro, pois sofre de possessão.

Serra, domingo, 23 de agosto de 2015.

GAVA.

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