Lições da Feira
Estivemos na feira-livre que ocorre
aos sábados de manhã em Jardim da Penha, Vitória, Espírito Santo. Lá o feirante
deu-nos lição sobre o milho e seu cozimento (a que acrescento a questão das
barbichas, soma de Frisso, um colega fiscal).
ESPIGA
DE MILHO
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VI-VENDO
E APREN-DANDO
Barbicha
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Ela deve estar lourinha para indicar
milho novo dentro da palha.
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Cozimento
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Não coloque em panela de pressão,
porque cozinha rápido demais, você não vê, acaba ficando duro. Use panela
comum e cozinhe apenas até ferver a água, apagando o fogo ao chegar aí.
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Maciez
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Aperte os grãos mais próximos do
talo (eles nasceram primeiro) e se estiverem bons toda a espiga estará.
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Sal
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Não coloque senão no final.
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Coisas assim, que podem ser triviais
para as cozinheiras, mas para nós constituíam novidade. Podem existir muitas
outras sobre milho e demais hortifrutigranjeiros.
Tais conselhos nos falam de como é
difícil de fato cozinhar, desde o escolher os produtos até colocar o alimento
pronto na mesa; de quebrar a ponta do quiabo para saber se tudo está macio a
furar o buraquinho na abóbora para ver se está vermelhinha; de cortar o inhame
para observar se está aguado a tirar a tampa da melancia – centenas de
“macetes” que estão na cabeça das cozinheiras do mundo (e dos feirantes).
O que pode ser feito quanto a isto?
O tradicional é produzir um livreto,
uma cartilha, até com bons desenhos, fotografias, ilustrações para melhorar a
procura de bons produtos e a oferta dos mais adequados ao consumo. Ficaria a
cargo dos governempresas, que deveriam realizar entrevistas, fazer as
pesquisas, buscar os desenhistas mais competentes e assim por diante. Dessas
coisas se faz uma grande cidade, com boa ou excelente qualidade de vida, mas
não vejo os governantes agindo. Eles só pensam em “grandes atitudes” que gerem
exposição na mídia e eleições e reeleições. É lamentável que as iniciativas
miudinhas não estejam na ordem do dia.
Vitória, terça-feira, 05 de dezembro
de 2006.
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