Fausto
Pessoambiental e Quebra
No livro de Selwyn
Parker, O Crash de 1929 (As lições que ficaram da grande depressão),
São Paulo, Globo, 2009 (original do mesmo ano) ele coloca a Recessão de modo
diferente, abordando mais os países da Comunidade Britânica das Nações (hoje
são 56, em 1929 e adiante não sei quantas eram), o que eu nunca tinha visto,
pois em geral falam mais do “gigante do norte”, os EUA.
Recomendo muito.
Na página 219, diz:
“Alguns barões da juta tinham senso de filantropia, como sir James Caird, que
comprou asilos de idosos para a cidades (...)”, como coloquei em Êta Família Boa!
No geral as elites
dirigentes estavam somente preocupadas com a manutenção do padrão ouro na Grã-Bretanha
e no império (abandonado nos EUA muito depois, em 1971, com Nixon), que findou
logo depois, mantendo-se a área da libra; para isso a GB pegava com aval nacional
150 milhões de libras nos EUA e logo 60 % eram vazados para o exterior pelos
ricos, os pobres ficando com a conta, como sempre; e assim sucessivamente
outros empréstimos, sempre com a bondade dos abonados.
Os EUA foram
culpados pela deflagração da crise com a lei de contenção Smoot-Hawley, lei de
super-restrição tarifária para impedir entrada da produtos nos Estados Unidos,
já então a nação mais rica, o que acabou se propagando pelo mundo em ondas de
isolamento, disseminando o colapso em toda parte (após a violenta onda de
protecionismo), aquela calamidade mundial que levou à Segunda Guerra Mundial.
De onde veio tudo
isso? Virá sempre toda violência da falta de amor, de ausência de identidade
com o próximo, do ódio, do desprezo, a ponto de naquela época na GB três donos
de uma empresa retirarem tanto quanto mil de seus funcionários ganhavam. Há uma
quebra dessas, vem as consequências, há a derrocada a ponto de só 18 % da
marinha mercante continuar de pé. Passado o tempo, esquecem, sobrevindo nova
concentração fortíssima, como a que estamos vendo justamente agora em toda
parte, aqueles 99 % que ficam com o mesmo tanto que o 1 % restante.
Isso não vai dar em
nada bom, como não está dando no Brasil.
FAUSTO NO DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS
adjetivo
1 que é
feliz; ditoso, venturoso, faustoso, fasto
Ex.: f. acontecimento
substantivo masculino
2 grande
pompa, luxo, ostentação
Ex.: vivia no f.
|
Venturosos à custa
da violação do contrato social.
Quando sobrevêm a guerra,
reclamam, mas foram eles que plantaram. Quando morreram 65 milhões na Segunda
Guerra (seis milhões de judeus, 27 milhões de soviéticos), 40 milhões ficaram
se deslocando, dois milhões de alemãs e outro tanto de soviéticas foram estupradas,
12 milhões de alemães foram repatriados, de quem foi a culpa?
Vitória, segunda-feira,
4 de junho de 2018.
GAVA.
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