sexta-feira, 8 de junho de 2018


A Beleza da Exploração

 

A BELEZA


A beleza é propriedade dos ricos e médio-altos, pois só eles podem extraí-la do geral; como os capitalistas burgueses são os atuais donos do poder e da riqueza ela é propriedade deles, que a adquirem de todos, inclusive dos tecnartistas – compram as mentes e as sensibilidades destes. A violência do Capitalismo geral é amainada ou amortecida tanto interna (para os burgueses) quanto externamente (para os excluídos da festa) pela beleza comprada.

Então, digo da beleza da exploração de dois modos:

1)       Essa beleza adquirida no mercado;

2)      A genialidade da exploração, porque, veja, os capitalistas não são tolos, eles temperam a intemperança ou glutonaria da fome deles com o que cativa a todos, a todos prende.

A beleza abranda o ataque, a negação do negador.

Pois todos os seres humanos são sensíveis à beleza, todos enfraquecem diante dela e desejam protegê-la. Não é só a música que acalma a fera em nós, a beleza também; porisso os burgueses (e antes deles os nobres e os patrícios) tocam música para nós e servem doses de beleza na mídia (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Rádio e Internet), pagando-a a peso de ouro, literal e metaforicamente, pois super-premiam as belas enquanto belas, depois devida e gentilmente descartadas (pois se fosse brutalmente rejeitadas isso assustaria as belas da hora) quando enfeiam do padrão.

Assim, a beleza é um dos patrimônios da burguesia. E como a burguesia – atual detentora do poder – é coisa do passado, ou seja, é a bela pele ou superfície do fazer que está morrendo, como ela é história e passado, não geografia e futuro, a beleza também o é, assim como a música: tudo isso representa o passado, o que está morrendo. É bonito, mas está morrendo. Para ser realmente revolucionário o pretendente a revolucionário deve livrar-se de sua dependência da beleza, um grande sacrifício, pois a beleza é vício fundamente plantado.

Vitória, quinta-feira, 21 de dezembro de 2006.

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