A Beleza da
Exploração
A
BELEZA
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A beleza é propriedade dos ricos e
médio-altos, pois só eles podem extraí-la do geral; como os capitalistas
burgueses são os atuais donos do poder e da riqueza ela é propriedade deles,
que a adquirem de todos, inclusive dos tecnartistas – compram as mentes e as
sensibilidades destes. A violência do Capitalismo geral é amainada ou
amortecida tanto interna (para os burgueses) quanto externamente (para os
excluídos da festa) pela beleza comprada.
Então, digo da beleza da exploração de
dois modos:
1) Essa beleza adquirida no mercado;
2) A genialidade da exploração, porque,
veja, os capitalistas não são tolos, eles temperam a intemperança ou glutonaria
da fome deles com o que cativa a todos, a todos prende.
A beleza abranda o ataque, a negação
do negador.
Pois todos os seres humanos são
sensíveis à beleza, todos enfraquecem diante dela e desejam protegê-la. Não é
só a música que acalma a fera em nós, a beleza também; porisso os burgueses (e
antes deles os nobres e os patrícios) tocam música para nós e servem doses de
beleza na mídia (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Rádio e Internet),
pagando-a a peso de ouro, literal e metaforicamente, pois super-premiam as
belas enquanto belas, depois devida e gentilmente descartadas (pois se fosse
brutalmente rejeitadas isso assustaria as belas da hora) quando enfeiam do
padrão.
Assim, a beleza é um dos patrimônios
da burguesia. E como a burguesia – atual detentora do poder – é coisa do
passado, ou seja, é a bela pele ou superfície do fazer que está morrendo, como
ela é história e passado, não geografia e futuro, a beleza também o é, assim
como a música: tudo isso representa o passado, o que está morrendo. É bonito,
mas está morrendo. Para ser realmente revolucionário o pretendente a
revolucionário deve livrar-se de sua dependência da beleza, um grande
sacrifício, pois a beleza é vício fundamente plantado.
Vitória, quinta-feira, 21 de dezembro
de 2006.




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