terça-feira, 1 de maio de 2018


Violência e Letalidade das Guerras das Relíquias Sagradas

 

Nada fez, está fazendo ou fará mais pela união da humanidade que as guerras das RS e em algum ponto haverá paz, aquela do governo religioso, muito assemelhando em moral, comportamento e ética (inclusive sexual) ao período vitoriano, só que avançado para o século XXI e XXII e por aí afora até onde o trem do tempo vai dar.

Isso será DEPOIS.

O durante é que é preocupante.

No mundo 50/50 há os 50 % capazes de tudo de mal, os que não se preocupam senão em saber quais são os limites do “gozo dos sentidos”, como dizem os idiotas, porque o que sente prazer é a mente – é, na realidade, satisfação mental, inclusive drogas, bebidas, fumo, sexo e o resto todo. Não são “baixos instintos”, nem sequer são instintos, não são modos fixos, são instruídos e fomentados segundo ondas de excitação cada vez mais altas, até o paroxismo: quer dizer que uma vez servida a primeira dose, buscam a segunda com mais vigor e assim progressivamente até o colapso de si ou do ambiente.

Nada os detém.

Ora (disseram para não usar, uso de propósito, é prazeroso provocar os tontos, é uma espécie de vício, “uma diliça”, como diz o povo), as RS e os artefatos atlantes e adâmicos não são infinitos, por maior que seja o número deles, especialmente os últimos, porque os primeiros são fixos, mesmo se forem mais que os sete apontados.

O orgulho (beleza, fama, poder, riqueza) não é somente um veneno interior, ele destrói o ambiente em sua ganância, vontade crescente de ter. É claro que tendo a moeda 50/50 verso/anverso, produz outro tanto de favor ao mundo, não por desejar fazer o bem e sim como a desgraçada mão invisível de Adam Smith; sem dúvida, há na outra face uma quantidade de bens e a humanidade atingirá a maioridade, de outro modo estando condenada à minoridade até o desaparecimento ao término da soma de ineficácias.

Enquanto isso a bestialidade incontrolável lavrará nas sombras, porque ninguém poderá expor o assunto e chamar mais competidores à disputa insensata; e com isso a mortalidade inexplicável. Como sempre, dirão que o botijão de gás estourou ou o navio descarrilou ou o avião perdeu a direção e bateu no poste ou isso e aquilo, enquanto vão aplicando estrôncio na moqueca, ar nas agulhas para provocar amigáveis embolias e assim por diante. No espectro da curva do sino EXISTE DE TUDO, desde o extremo bem até o extremo mal, neste caso não somente o que é sabido, mas o que arrepiaria até os torturadores mais tarimbados.

É claro, eles não ousarão quanto às RS, mas dos artefatos atlantes e adâmicos para baixo valerá tudo. E quando digo tudo, é TUDO MESMO.

Que fazer?

É o fim da infância, como disse Arthur Clarke na ficção.

Vitória, terça-feira, 1 de maio de 2018.

GAVA.

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