Violência
e Letalidade das Guerras das Relíquias Sagradas
Nada fez, está fazendo ou fará mais pela
união da humanidade que as guerras das RS e em algum ponto haverá paz, aquela
do governo religioso, muito assemelhando em moral, comportamento e ética
(inclusive sexual) ao período vitoriano, só que avançado para o século XXI e
XXII e por aí afora até onde o trem do tempo vai dar.
Isso será DEPOIS.
O durante é que é preocupante.
No mundo 50/50 há os 50 % capazes de tudo de mal,
os que não se preocupam senão em saber quais são os limites do “gozo dos
sentidos”, como dizem os idiotas, porque o que sente prazer é a mente – é, na
realidade, satisfação mental, inclusive drogas, bebidas, fumo, sexo e o resto todo.
Não são “baixos instintos”, nem sequer são instintos, não são modos fixos, são
instruídos e fomentados segundo ondas de excitação cada vez mais altas, até o
paroxismo: quer dizer que uma vez servida a primeira dose, buscam a segunda com
mais vigor e assim progressivamente até o colapso de si ou do ambiente.
Nada os detém.
Ora (disseram para não usar, uso de
propósito, é prazeroso provocar os tontos, é uma espécie de vício, “uma diliça”,
como diz o povo), as RS e os artefatos atlantes e adâmicos não são infinitos,
por maior que seja o número deles, especialmente os últimos, porque os
primeiros são fixos, mesmo se forem mais que os sete apontados.
O orgulho (beleza, fama, poder, riqueza) não
é somente um veneno interior, ele destrói o ambiente em sua ganância, vontade crescente
de ter. É claro que tendo a moeda 50/50 verso/anverso, produz outro tanto de
favor ao mundo, não por desejar fazer o bem e sim como a desgraçada mão
invisível de Adam Smith; sem dúvida, há na outra face uma quantidade de bens e
a humanidade atingirá a maioridade, de outro modo estando condenada à
minoridade até o desaparecimento ao término da soma de ineficácias.
Enquanto isso a bestialidade incontrolável
lavrará nas sombras, porque ninguém poderá expor o assunto e chamar mais
competidores à disputa insensata; e com isso a mortalidade inexplicável. Como
sempre, dirão que o botijão de gás estourou ou o navio descarrilou ou o avião
perdeu a direção e bateu no poste ou isso e aquilo, enquanto vão aplicando
estrôncio na moqueca, ar nas agulhas para provocar amigáveis embolias e assim
por diante. No espectro da curva do sino EXISTE DE TUDO, desde o extremo bem
até o extremo mal, neste caso não somente o que é sabido, mas o que arrepiaria
até os torturadores mais tarimbados.
É claro, eles não ousarão quanto às RS, mas
dos artefatos atlantes e adâmicos para baixo valerá tudo. E quando digo tudo, é
TUDO MESMO.
Que fazer?
É o fim da infância, como disse Arthur Clarke
na ficção.
Vitória, terça-feira, 1 de maio de 2018.
GAVA.
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