Sangrando
os Cartéis
Estando minha filha em casa com o marido
antes de irem trabalhar em Portugal, o genro a propósito das drogas e dos
cartéis disse algo como “para isso não há solução”, ao que imediatamente pensei
em uma.
UMA
DE POTENCIALMENTE VÁRIAS
1. Construir o novo
sistema prisional, com celas isoladas dentro de um terreno, um criminoso em cada
cela; esta seria uma gaiola de aço (teto, piso, paredes) envolta em alvenaria,
que não denunciaria o interior, e com aterramento particular e geral para o
caso de caírem raios;
2. Tomar o total de
prisioneiros e dividi-los (nisso caberiam todos os chefes de cartéis do tipo PCC,
primeiro comando da capital, FdN, família do Norte e outros) 50/50, deixando 50
% nas antigas cadeias por sorteio (os chefes iriam todos);
3. Atores treinados
encenariam falando mal da Lava Jato, que ela não deixa ninguém
escapar com isso da LJ (eles pensariam em delação que, aliás, é coisa horrível,
deve acabar depois da limpeza; pense em Judas e Silvério dos Reis sendo
beneficiados por delação);
4. A chefia entregaria
todos os esquemas;
5. Não seriam permitidas
visitas íntimas, são prisioneiros do Estado; nem comunicação de qualquer tipo;
6. Com perda para a
coletividade maluca do Brasil anterior à LJ, 50 % da riqueza apresentada seriam
cobrados como impostos aos que quisessem legalizar seus lucros ilegais e
indecentes;
7. Do restante, teriam
de pagar ano a ano 27,5 % para se tornarem cidadãos depois de cumpridas suas
penas. Seus filhos e netos se tornariam “cidadãos de bem” (sujeitos a
julgamento por Deus, por terem compartilhado das facilidades sem remorso), como
sempre aconteceu na geo-história por defeito da coletividade.
Em alguns anos desapareceria toda e qualquer
delinquência, não é questão de décadas.
Vitória, segunda-feira, 9 de abril de 2018.
GAVA.
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