sábado, 7 de abril de 2018


Quando Buda Saltou

 

Se o budismo é aparentemente “tão superior” em conseqüências ao cristianismo, por quê não deu resultados tanto quanto este?

Imagine o não-finito como solução final; nele A Verdade - reunião coerente de todas as verdades racionais - fecha-se numa meta-solução além-Godel, fechada mesmo; para acessar na mente racional a pequena aquela dimensão, é preciso pela meditação esvaziar-se totalmente, deixando a mente preencher-se segundo o molde não-finito. Este, por definição, não pode entrar todo no finito; assim sendo, o que vem dele é parte, mas parte que dá satisfação e parece ao racional o todo = BUDA na Rede Cognata. A mente entra em consonância afetiva, não-racional.

Contudo, não se pode ir coletivamente, deve-se sempre ir individualmente, como Sidarta fez e outros fizeram antes e depois dele: sempre só, um de cada vez. Não é coletivo, é individual. Por outro lado, o cristianismo é coletivo, é geral, é para todos e cada um, embora eleve micrometricamente a cada geração. Porisso embora na aparência o cristianismo seja inferior ao outro método na prática é superior.

Pois, veja, o budismo é um pequeno cubo-mente não-resistente à presença do não-finito, sem teias, sem quereres; com isso se torna uma PRESENÇA do não-finito EM QUALIDADE, embora não em quantidade-total.

UM CUBO PERFEITAMENTE ALINHADO COM O NÃO-FINITO (ao esvaziar-se das imperfeições racionais ele entra em ressonância completamente satisfatória com o não-finito, mas ao proceder assim a satisfação alcançada tira-o dos interesses racionais e humanos, da Terra; ele não sente com-paixão, não vive junto a paixão, a prisão do ser)

 


 

 

 

 

 

 

 

 


É saída para um só. É como o suicídio, só que a pessoa não se mata, ela renuncia ao ser humano, abdica do sofrimento. Vai gozar desde logo a não-finitude, mergulha de volta naquilo de que saem todos os seres.

Não fosse o fato de ser só para um a iluminação seria perfeita, o ato perfeito de um perfeitíssimo acrobata. Nota 10, mas não serve para nada.
Vitória, sábado, 26 de agosto de 2006.

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