Quando Buda Saltou
Se o budismo é aparentemente “tão
superior” em conseqüências ao cristianismo, por quê não deu resultados tanto
quanto este?
Imagine o não-finito como solução
final; nele A Verdade - reunião coerente de todas as verdades racionais - fecha-se
numa meta-solução além-Godel, fechada mesmo; para acessar na mente racional a pequena
aquela dimensão, é preciso pela meditação esvaziar-se totalmente, deixando a mente
preencher-se segundo o molde não-finito. Este, por definição, não pode entrar
todo no finito; assim sendo, o que vem dele é parte, mas parte que dá
satisfação e parece ao racional o todo = BUDA na Rede Cognata. A mente entra em
consonância afetiva, não-racional.
Contudo, não se pode ir coletivamente,
deve-se sempre ir individualmente, como Sidarta fez e outros fizeram antes e
depois dele: sempre só, um de cada vez. Não é coletivo, é individual. Por outro
lado, o cristianismo é coletivo, é geral, é para todos e cada um, embora eleve
micrometricamente a cada geração. Porisso embora na aparência o cristianismo
seja inferior ao outro método na prática é superior.
Pois, veja, o budismo é um pequeno
cubo-mente não-resistente à presença do não-finito, sem teias, sem quereres; com
isso se torna uma PRESENÇA do não-finito EM QUALIDADE, embora não em
quantidade-total.
UM
CUBO PERFEITAMENTE ALINHADO COM O NÃO-FINITO (ao esvaziar-se das imperfeições
racionais ele entra em ressonância completamente satisfatória com o não-finito,
mas ao proceder assim a satisfação alcançada tira-o dos interesses racionais e
humanos, da Terra; ele não sente com-paixão, não vive junto a paixão, a prisão
do ser)
É saída para um só. É como o suicídio,
só que a pessoa não se mata, ela renuncia ao ser humano, abdica do sofrimento.
Vai gozar desde logo a não-finitude, mergulha de volta naquilo de que saem
todos os seres.
Não fosse o fato de ser só para um a
iluminação seria perfeita, o ato perfeito de um perfeitíssimo acrobata. Nota
10, mas não serve para nada.
Vitória, sábado, 26
de agosto de 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário