Os
Arqueólogos e os Ladrões de Relíquias
Imaginemos que as relíquias existem (pelo
menos da Arca da Aliança e da Arca de Noé se tem certeza, fora a menora e
outras, a própria Bíblia e o Testamento são preciosíssimos).
Lá vão os arqueólogos escavar o solo a mando
de universidades: os compradores evidentes e escondidos esperam que façam todo
o esforço e compram de arqueólogos-bandidos e de bandidos, sem qualquer trabalho
ou diligência desde as poltronas de suas casas ou das cadeiras de seus
escritórios, sentados no frescor do ar condicionador, sem empenhar nem uma gota
de suor ou algum calo, bastando ter dinheiro.
É só esperar e anunciar no mercado negro (por
exemplo, a Internet Profunda, deep web) a disposição e trocar as verdinhas por
relíquias.
Veja que não são quaisquer umas de fabricação
da humanidade natural neandertal ou CROM cro-magnon, são objetos feitos
diretamente por Deus há mais de seis mil que, em tese, continuam funcionais, ou
por Adão e Eva ou por seus descendentes adâmicos. Coisas VELHAS (para as curtas
vidas humanas, 200 mudanças de poder em gerações de 30 anos) e, mais ainda,
objetos de profundo significado religioso, artefatos que validam crenças (tanto
mais valiosos quanto mais foram os crentes motivo de zombaria pelos agnósticos,
ateus, pervertidos), pelos quais vários bilhões dariam alegremente suas vidas e
dos seus, todos doutrinados, muitos fanáticos.
É fácil: uma distração e os escavadores
contratados podem surrupiar uma peça qualquer, sem saber se tem valor ou não,
ou ladrões invadiriam os depósitos. Aqui não se trata de restos de qualquer civilização
insignificante ou mesmo significativa, são os traços de uma cultura de seis
milênios, embasamentos das três religiões monoteístas, somados dando 3,8
bilhões, fora os outros interessados dos outros povos.
Como urubus psicológicos, os ladrões estarão
nas redondezas, bebendo em bares, dormindo, curtindo a vida adoidado, enquanto
esperam para algo cair em suas redes; ou podem ser atrevidos. Ademais, em todas
as categorias de trabalho existem os bons e o maus, neste caso arqueólogos
desviados que pegam (já sabendo do valor), enfiam na roupa ou em caixotes ou
como for, para vender a colecionadores mais fanáticos ainda, que pagarão ao
longo das décadas vários bilhões para ter acesso irrestrito, subtraindo as
coisas dos olhares populares.
As pessoas ficarão enlouquecidas.
Ou podem ser os próprios museus, os maus dentre
eles, querendo fazer grana para sustentar as outras apresentações.
Mesmo o mais insignificante resto terá
importância: um prendedor de cabelos das adâmicas, uma ferramenta, uma
pulseira, QUALQUER COISA, por menor que seja, terá significado e será disputada
literalmente a tapa.
Não vai ser nada bonito.
Vitória, domingo, 1 de abril de 2018.
GAVA.
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