domingo, 1 de abril de 2018


Os Arqueólogos e os Ladrões de Relíquias

 

Imaginemos que as relíquias existem (pelo menos da Arca da Aliança e da Arca de Noé se tem certeza, fora a menora e outras, a própria Bíblia e o Testamento são preciosíssimos).

Lá vão os arqueólogos escavar o solo a mando de universidades: os compradores evidentes e escondidos esperam que façam todo o esforço e compram de arqueólogos-bandidos e de bandidos, sem qualquer trabalho ou diligência desde as poltronas de suas casas ou das cadeiras de seus escritórios, sentados no frescor do ar condicionador, sem empenhar nem uma gota de suor ou algum calo, bastando ter dinheiro.

É só esperar e anunciar no mercado negro (por exemplo, a Internet Profunda, deep web) a disposição e trocar as verdinhas por relíquias.

Veja que não são quaisquer umas de fabricação da humanidade natural neandertal ou CROM cro-magnon, são objetos feitos diretamente por Deus há mais de seis mil que, em tese, continuam funcionais, ou por Adão e Eva ou por seus descendentes adâmicos. Coisas VELHAS (para as curtas vidas humanas, 200 mudanças de poder em gerações de 30 anos) e, mais ainda, objetos de profundo significado religioso, artefatos que validam crenças (tanto mais valiosos quanto mais foram os crentes motivo de zombaria pelos agnósticos, ateus, pervertidos), pelos quais vários bilhões dariam alegremente suas vidas e dos seus, todos doutrinados, muitos fanáticos.

É fácil: uma distração e os escavadores contratados podem surrupiar uma peça qualquer, sem saber se tem valor ou não, ou ladrões invadiriam os depósitos. Aqui não se trata de restos de qualquer civilização insignificante ou mesmo significativa, são os traços de uma cultura de seis milênios, embasamentos das três religiões monoteístas, somados dando 3,8 bilhões, fora os outros interessados dos outros povos.

Como urubus psicológicos, os ladrões estarão nas redondezas, bebendo em bares, dormindo, curtindo a vida adoidado, enquanto esperam para algo cair em suas redes; ou podem ser atrevidos. Ademais, em todas as categorias de trabalho existem os bons e o maus, neste caso arqueólogos desviados que pegam (já sabendo do valor), enfiam na roupa ou em caixotes ou como for, para vender a colecionadores mais fanáticos ainda, que pagarão ao longo das décadas vários bilhões para ter acesso irrestrito, subtraindo as coisas dos olhares populares.

As pessoas ficarão enlouquecidas.

Ou podem ser os próprios museus, os maus dentre eles, querendo fazer grana para sustentar as outras apresentações.

Mesmo o mais insignificante resto terá importância: um prendedor de cabelos das adâmicas, uma ferramenta, uma pulseira, QUALQUER COISA, por menor que seja, terá significado e será disputada literalmente a tapa.

Não vai ser nada bonito.

Vitória, domingo, 1 de abril de 2018.

GAVA.

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