Ocultadores
Bons e Maus
Vejamos como vejo (incompletamente,
precisamos de gente do setor) as escavações, já no local, fora o financiamento,
a preparação das pessoas nas escolas de arqueologia, a dimensão de seu
compromisso com a honestidade, a verdade, a transparência para as gerações
vindouras:
1) Há gente boa e gente
ruim, 50/50 no MP Modelo Pirâmide;
2) Os bons podem se
corromper e os maus podem se endireitar, pelo menos em tese, e não se falando
dos 2,5 % irredutíveis de cada extremidade, seus cooptados, no total 10 %;
3) Dependendo do preço,
alguns podem se vender (eles descobrem galeões espanhóis que afundaram com suas
cargas de centenas de milhões de dólares atuais e pegam, em acordo com os
governos, uma parte, mas qual parte? Como disse um colega fiscal
pastor-malandro, “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é bobo
ou não entende da arte”; entendo que a grande maioria não faz isso, mas é a
parte pequena que como formiguinha vai levando;
4) Há compradores no
mercado negro e não se diz que é negro à toa, é tudo escondido e sigiloso, é escuro;
mais ainda em nossos dias com a Internet Profunda (deep web) onde, segundo se
fala, tudo é negociado, de órgãos a compra de armas pesadíssimas;
5) Os governos poderiam
colocar hackers para desbaratar essas redes em silêncio, mas eles mesmos estão
interessados nisso e naquilo para as forças policiais negras;
6) Num mundo profundamente
desigual como este, há orgulho (riqueza, fama, poder, beleza) sobrando para
financiar futura posse de quadros, objetos antigos e todo atendimento à ambição
de retenção; e segue.
Seria preciso que alguém fizesse levantamento
mais ou menos completo do estado-de-arte hoje; claramente deve ser excelente
ladrão arrependido, para saber de dentro o que acontece – ou a Academia, com seus
super recursos e muito tempo para as pesquisas, bem como muita determinação.
Se com as peças de hoje os traficantes e os
compradores estão nesse frenesi, imagine com as relíquias sagradas, coisas que
vão de quatro a seis mil anos de existência, especialmente os objetos que Deus
mesmo entregou a Adão e Eva. Em vida mesmo (930 anos) eles devem ter entregue
alguns aos filhos e filhas (que foram muitos, “tiveram filhos e filhas”, e migalhas
caídas das mesas aos servidores; e Set e seus irmãos e irmãs, mais os filhos de
todos, que passaram de 10 mil durante dois mil anos. Quando desapareceram,
Abraão foi para o sul e Enéas para a Itália dos etruscos, esses descendentes
distantes levando muitas preciosidades que foram passando de geração a geração.
Imagine a ansiedade reinante!
Os governos e as igrejas vão ter de rebolar
para proteger, marcar “homem a homem”, como no futebol.
Vitória, terça-feira, 3 de abril de 2018.
GAVA.
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