terça-feira, 3 de abril de 2018


Ocultadores Bons e Maus

 

Vejamos como vejo (incompletamente, precisamos de gente do setor) as escavações, já no local, fora o financiamento, a preparação das pessoas nas escolas de arqueologia, a dimensão de seu compromisso com a honestidade, a verdade, a transparência para as gerações vindouras:

1)       Há gente boa e gente ruim, 50/50 no MP Modelo Pirâmide;

2)      Os bons podem se corromper e os maus podem se endireitar, pelo menos em tese, e não se falando dos 2,5 % irredutíveis de cada extremidade, seus cooptados, no total 10 %;

3)      Dependendo do preço, alguns podem se vender (eles descobrem galeões espanhóis que afundaram com suas cargas de centenas de milhões de dólares atuais e pegam, em acordo com os governos, uma parte, mas qual parte? Como disse um colega fiscal pastor-malandro, “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é bobo ou não entende da arte”; entendo que a grande maioria não faz isso, mas é a parte pequena que como formiguinha vai levando;

4)     Há compradores no mercado negro e não se diz que é negro à toa, é tudo escondido e sigiloso, é escuro; mais ainda em nossos dias com a Internet Profunda (deep web) onde, segundo se fala, tudo é negociado, de órgãos a compra de armas pesadíssimas;

5)      Os governos poderiam colocar hackers para desbaratar essas redes em silêncio, mas eles mesmos estão interessados nisso e naquilo para as forças policiais negras;

6)     Num mundo profundamente desigual como este, há orgulho (riqueza, fama, poder, beleza) sobrando para financiar futura posse de quadros, objetos antigos e todo atendimento à ambição de retenção; e segue.

Seria preciso que alguém fizesse levantamento mais ou menos completo do estado-de-arte hoje; claramente deve ser excelente ladrão arrependido, para saber de dentro o que acontece – ou a Academia, com seus super recursos e muito tempo para as pesquisas, bem como muita determinação.

Se com as peças de hoje os traficantes e os compradores estão nesse frenesi, imagine com as relíquias sagradas, coisas que vão de quatro a seis mil anos de existência, especialmente os objetos que Deus mesmo entregou a Adão e Eva. Em vida mesmo (930 anos) eles devem ter entregue alguns aos filhos e filhas (que foram muitos, “tiveram filhos e filhas”, e migalhas caídas das mesas aos servidores; e Set e seus irmãos e irmãs, mais os filhos de todos, que passaram de 10 mil durante dois mil anos. Quando desapareceram, Abraão foi para o sul e Enéas para a Itália dos etruscos, esses descendentes distantes levando muitas preciosidades que foram passando de geração a geração.

Imagine a ansiedade reinante!

Os governos e as igrejas vão ter de rebolar para proteger, marcar “homem a homem”, como no futebol.

Vitória, terça-feira, 3 de abril de 2018.

GAVA.

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