Deus
Toca a Natureza
Deus-i-Natureza também é 50/50, metade corpo,
como neste universo que vemos, e metade mente que dirige o processo de
manifestação, estabelecendo os moldes ou parâmetros perfeitos de onde a
Natureza (o elemento insubsistente que decai, enferruja, oxida, se destrói) copia
canhestramente as coisas de baixo no ritmo do caos e da desordem. Deus é o
oculto, o elemento subsistente que fica de sempre para sempre. Se nós não
podemos vê-lo e compreendê-lo, ele pode nos enxergar e entender.
TUDO que toca a Natureza deixa rastros, por
exemplo, de Cristo-Deus, ficaram traços impressos nas coisas materiais.
Assim, quando Deus (por ter dado a liberdade
como querer, não quer e não pode fazer muito isso, e definitivamente não quer
intervir nos seres livres até depois da morte) toca a Natureza, mesmo muito
sutilmente, como disse Einstein, ELE DEIXA RISCOS, como na câmara de bolhas
aquelas subpartículas dificílimas de ver, como neutrinos no superkamiokande
japonês.
CÂMARA
DE BOLHAS
(Deus é muito mais sutil que isso)
Esses traços são levíssimos, como não poderia
deixar de ser (as pessoas dizem que Deus está nos detalhes: não propriamente,
sim nas coisas de difícil desvendamento, nos encadeamentos de sei lá que nível
de profundidade), são sutilíssimos e mesmo as maiores e mais ajuizadas
consciências dos controladores de superaglomerados têm dificuldade de avistar.
Raro é o racional que toma tento dessa
construção.
A grandessíssima maioria passa ao largo, não
tem a mínima condição de descobrir os pontos e uni-los em linhas compreensivas,
seria preciso dispor de superprogramáquinas e muito tempo para busca, com
vários milhares sondando os dados soltos para transformá-los em coerência
informacional. Teria de ser consciência racional muito alta, é ou não é, para
perceber os traços, as linhas profundíssimas (vá ver em Universos Expressáveis candidatos muito mais elevados que nós). “Deus
é sutil”, disse Einstein em derrota e profunda decepção de ter sido incapaz de
ver a mente dele, o que Newton também tentou, sem sucesso, inclusive
especulando em seus textos mágicos (comprados quase três séculos depois por John
Maynard Keynes).
Para além dessa profundidade, há os materiais
ruins que a Natureza apresenta, porque seu operador é o caos e a inteligência
sempre fraca e incompleta, a lógica desvairada, digamos a da humanidade, de
fato de toda racionalidade, isso também é curva do sino.
Vitória, terça-feira, 3 de abril de 2018.
GAVA.
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