Prisões Formais e
Conceituais do Povo
O MP Modelo Pirâmide
mostrou que um lado é da forma e o outro do conteúdo ou conceito: o povo vê
figuras e as elites leem, porisso não adianta mesmo nada tentar fazer o povo
ler, força-lo a compreender, PORQUE a população tem muitas tarefas, mal lhe
sobra tempinho na luta acirrada pela sobrevivência. São as elites que tem o
lazer descompromissado, o ócio.
LAZER E ÓCIO (no dicionário Houaiss)
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LAZER
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Substantivo masculino
1. tempo que sobra
do horário de trabalho e/ou do cumprimento de obrigações, aproveitável para o
exercício de atividades prazerosas
2. Derivação: por metonímia.
Atividade que se pratica nesse tempo
3. Derivação: por extensão de sentido.
Cessação de uma atividade; descanso,
repouso
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ÓCIO
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Substantivo masculino
1. cessação do
trabalho; folga, repouso, quietação, vagar
2. espaço de tempo
em que se descansa
3. falta de
ocupação; inação, ociosidade
4. falta de
disposição física; preguiça, moleza, mandriice, ociosidade
5. Derivação: sentido figurado.
Trabalho leve, agradável
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Veja que o primeiro é TEMPO QUE SOBRA, um
resíduo, pequena parte espremida entre atividades, dormir, acordar para ir ao
trabalho.
O outro é QUIETAÇÃO, VAGAR.
No tempo que sobra não há muito que fazer.
Empenhar-se em leituras demanda aprendizado de longo curso, não é coisa a que o
povo possa dedicar-se.
NO
CURSO DA VIDA
(não sei se coloquei na ordem certa, tente você)
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1
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Aprender o alfabeto (aqui ficam os tais
“analfabetos funcionais”);
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Vai reduzindo o contingente
exponencialmente, até chegar a bem poucos na mais alta competência.
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2
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Lembrar muitas palavras, o significado de
cada uma e todas elas;
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3
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Ler muitos livros para “adquirir
vocabulário”;
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4
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Ler autores com apuro ortográfico, a
escrita correta das palavras (acompanhe os diálogos de Internet para ver como
é difícil: mais de 95 % da população escreve errado);
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5
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Conversar muito com as pessoas, aprender
com elas;
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6
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Ler dicionário e enciclopédias, ouvir e ver
a mídia (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Cinema, Internet);
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7
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Combinar as palavras para representar os
reais enquanto objetos e relações no físico-químico, no biológico-p.2, no
psicológico-p.3, no informacional-p.4, no cosmológico-p.5, no dialógico-p.6 e
em todo o Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia,
Ciência-Técnica e Matemática);
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8
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Entender relações, de COMPLEXAS a MUITO
complexas;
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9
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Escrever também, para adquirir traquejo;
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10
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ESTUDAR A LÍNGUA (o que é extremamente
difícil, caro, complicado e lento) como leigo;
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11
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Estudar a língua como profissional (acredito
agora que TODOS deveriam estudar línguas e letras, a par do curso escolhido,
por exemplo, engenharia elétrica).
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O resultado final é que há, no mais excelente
apuro, bem poucos.
O povo meramente não tem tempo para tal, e os
populares são, nesse sentido, “cabeças vazias” (e tem de ser), como também no
sentido formal.
DUAS
PRISÕES DO PROLETARIADO
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PRISÃO FORMAL
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PRISÃO CONCEITUAL
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Popular, relativa à multiplicidade de
formas e à sua substituição contínua, inclusive essa coisa de fotos,
Facebook, Internet, wattsapp, falar ao celular.
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Imposta por uma série de fatores, a
principal das quais a “riqueza de tempo” livre para aprender, que é
apropriado pelas elites.
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POBRES EM TEMPO
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RICOS EM TEMPO
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Como disse Jesus, “pobres sempre os tereis
convosco”.
Não vai mudar, é absoluto. É desenho
recorrente da Natureza a partir das potências ou possibilidades de Deus.
O que pode acontecer, com muito esforço
conjunto, é alterar levemente como na Europa, nos EUA, no Japão e até mesmo no
Brasil em que o povo é forçado a ler, mormente através do “letramento”.
A solução, é evidente, é cristalino, passa
por as elites se tornarem competentes além e muito além do que já são,
aprendendo PELO POVO, quer dizer, transferindo-lhe amorosamente o saber, com
compaixão, com fervor, com dignidade, com proximidade de irmão.
Serra, quinta-feira, 30 de julho de 2015.
GAVA.

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