“Nós Somos o Mundo
Onde Vivemos”
O título acima foi tirado do livro de Georg Feuerstein, Ligando os Pontos
(subtítulo grande), São Paulo, Pensamento, 2013 (sobre original de 2007), da
página 7, onde ele diz:
“Com o passar dos
anos, minha busca apaixonada pelo sentido pessoal das coisas convergiu cada vez
mais para a tentativa de saber de que modo esses conhecimentos e entendimentos
poderiam contribuir para a liberdade e a felicidade dos outros e para o bem do
nosso planeta como um todo. Na verdade, as duas preocupações andam juntas.
Afinal de contas, de certo modo, nós somos o mundo onde vivemos. A
pessoa que somos se reflete no modo como vivemos, e vice-versa”. Negrito e
itálico meus.
NÃO SOMOS, NÃO (pelo menos não é apenas
isso, é muito mais complexo, e divertido também)
SOMOS AMBIENTES.
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Faça o esforço de pensar o mundo: vai dar
nó em sua cabeça, a gente não dá conta, nem se esforçando muito, de ter mais
do que pálida ideia.
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Nações quase chegam a 200, só o Brasil é
extraordinariamente complexo.
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De estados como o Espírito Santo achei que
são 4,0 mil no mundo, é preciso fazer as contas – a todo instante estão
imaginando e fazendo coisas espantosas, tanto para o bem quanto para o mal.
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Chutei 200 a 300 mil cidades-municípios,
pense só o que é isso!
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SOMOS PESSOAS.
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Dependemos de empresas, grandes colegiados
de produtororganizadores.
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Tocamos e somos tocados pelos grupos,
existem várias confissões preferenciais mais ou menos atrativas ao nosso
redor.
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Interatuamos com famílias (a nossa,
nuclear, e a família ampla parental).
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Interagimos com os outros indivíduos, vivos
e mortos (agora são 7,5 bilhões e somados mais de 100 bilhões, como
calculado).
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Não somos propriamente o mundo onde vivemos e
antes de chegar a ele há seis ou sete degraus, conforme veja. DE FATO, o mundo
é tão amplo que quase nada dele chega a nós. Por exemplo, das mídias peguemos o
Cinema geral: dele nos vieram centenas de milhares de filmes em cento e poucos
anos.
SÓ
DE FILMES, POR ANO
Mundo Estranho.
Quantos filmes são produzidos no mundo a cada
ano?
Segundo
o Internet Movie Database, em 2006
Por Marina Motomura
28 setembro 2016
Segundo o Internet
Movie Database (www.imdb.com), em 2006 foram lançadas, em todo o mundo, 21
847 produções audiovisuais, entre elas 19 328 filmes (as demais são novelas,
séries de TV e outras obras que misturam som e imagem). Em 2005, o número de
filmes havia sido maior: 21 761. E, de janeiro a julho de 2007, 10 254
títulos foram lançados ao redor do planeta. Contando o total de produções
audiovisuais, os países que mais produziram no ano passado foram Estados
Unidos, disparados na frente com 10 863 títulos, seguidos por Reino Unido,
com 1 838; Alemanha, com 1 252; França, com 979; Canadá, com 966; Espanha,
com 664; México, com 631; Japão, com 509; Austrália, com 337; e Itália, com
283. A Índia, conhecida pela promissora Bollywood (mistura de Bombaim com
Hollywood), não entrou no top 10: produziu “apenas” 276 filmes e séries. O
Brasil, segundo o site, registrou 107 produções audiovisuais em 2006, atrás
de países como a Argentina (252) e Portugal (108), mas à frente do Chile (35)
e do Peru (21). Entre os lanterninhas, com apenas um filme produzido em 2006,
estão Kosovo (província da Sérvia) e Zimbábue. O gênero mais frequente nos
registros do site Imdb são os filmes do tipo curta-metragem: 6 299 no ano
passado. Logo em seguida vêm os longas com roteiro dramáticos (4 808) e, quem
diria, os documentários aparecem em terceiro (3 636). Comédias (3 418),
filmes adultos (1 615), thrillers (963), horror (892), ação (832), romance
(805) e animação (745) completam o ranking de gêneros produzidos.
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Em 10 anos são mais de 200 mil filmes.
Se você assistir quatro por dia, serão (4
vezes 365,25 =) 1.461 por ano, vamos dizer 2,0 mil para dar contas com zeros,
20 mil em cada década – para assistir à produção, precisaria de 10 vidas. E,
vou te contar, quase ninguém tem essa resistência. E que dizer de ficar
buscando notícias na mídia (Internet, Cinema, TV, Rádio, Revista, Jornal,
Livro-Editoria)? É de enlouquecer qualquer um, sem falar que custaria uma
fortuna.
De modo que o “mundo” é extremamente distante
enquanto mundo real, verdadeiro, que ninguém nem remotamente sabe o que é. Algo
tão distante, é fumaça que só parece ser figura porque imaginamos, como sempre,
ver algo que não está lá, fantasma mental destinado a dar segurança, como os turistas
idiotas que dizem estar indo “fazer a Espanha”, não chegando mesmo a mais que
uma fraçãozinha, um bilionésimo dela ou ainda menos.
Uma bobagem como essa só pode ser dita a
gente desprevenida e pretenciosa, a quem se acreditasse um sabedor, um sábio
(nenhum sábio autêntico diria isso).
Vitória, quarta-feira, 2 de novembro de 2016.
GAVA.
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