sexta-feira, 8 de junho de 2018


A Nova Potência do Cão-Cavalo

 

Antes de tudo a incorporação do cão (a domesticação deve ter demorado vários milhares de anos, porque as mães-mulheres resistiam à presença dos descendentes da loba e dos lobinhos por perto do Terreirão geral e dos queridinhos) levou ao esgotamento progressivo de todas as reservas de “grande proteína” nas redondezas. Os círculos-de-ausência foram se tornando cada vez maiores.

OS CÍRCULOS-DE-AUSÊNCIA (onde não havia mais nada a caçar, pois tudo foi sendo progressivamente esgotado)


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Todas as feras maiores e menores, todas as presas foram sendo destroçadas pela grande boca do cão. A partir daí o cavalo passou a ser interessante e foi também incorporado, constituindo uma grande conquista que completou a formação instrumental-biológica da humanidade, pois era preciso ir  longe para salvar a tribo.

A TRIBO DO CÃO-CAVALO

A GRANDE BOCA DO HOMEM...
... E SUAS PERNAS ENORMES

A nova construção:

1.       Cérebro enorme do homem;

2.       Bocarra do cachorro;

3.      Pernas longas do cavalo correndo muito sem cansar.

TEMPOS DE GESTAÇÃO

Cachorro (Canis familiaris)
63 dias
Cavalo (Equus cabalus)
340 dias
Humano
270 dias

O cachorro está pronto para caçar com um ano, o cavalo já nasce andando, o ser humano só anda depois de um ano e só está pronto para caçar aos 15 anos. Seres humanos nascem um ou dois de cada vez, ao passo que as ninhadas de cães são de nove, até mais. Um só guerreiro podia ter dezenas de cães obedecendo a ele.

Ora, essa combinação foi fatal para a Natureza e extinguiu mesmo tudo em volta. Foi o preço que a Natureza um pagou pela criação da Natureza dois psicológica, racional, humana – os mamutes, os leões europeus, bisões, tudo que estava no norte gelado onde a neve e a fome empurravam o novo conjunto a Tribo do Cão-Cavalo para a guerra-de-constituição (chamemos assim) da humanidade foi sumindo.

Então começou o espalhamento da humanidade, o que continua até hoje e promete prosseguir. Tudo devemos àquela conjugação admirável.

Vitória, quinta-feira, 21 de dezembro de 2006.

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