A Convivência
Ligeiramente Inamistosa do Gigante e da Anã
Quando Silas (o cachorro labrador de
Gabriel) chegou com um mês de idade a Yuki (gata persa de Clara), já adulta de
dois anos e uns dois quilogramas, era maior que ele; rapidamente ele foi
crescendo e incorporando por mês 1/3 dos sacos de 15 kg de ração, de modo que
logo chegou aos 35 kg e além. De pé põe as patas sobre nossos ombros e agora é
muito maior que ela. Para ela o Silas mudou extraordinariamente e de
equivalente se tornou um gigante; para ele ela foi decrescendo e se tornou uma
anã.
Ele põe a pata sobre ela e rosna, ela
corre e se esconde, volta a cabeça e bate no focinho dele; ele rosna para o
espaço, fingindo-se de valente, mas ela é firme e determinada, é agora uma
jovem lady de três anos sexualmente madura. Ele é só uma criança de um
ano-equivalente de idade.
EMBORA
NÃO SEJA TANTO, É MAIS OU MENOS ASSIM
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Coloco isso para falar das espantosas
mudanças pelas quais passamos em nossas vidas psicológicas, racionais, humanas:
não é de admirar que ainda tenhamos estabilidade diante de tantas alterações?
Como é que nossa mente funciona para acomodarmos tantas modificações
pessoambientais? Enchentes, calamidades, tsunamis, furacões, terremotos,
nevascas, desaparecimento de indivíduos, quebras, falências e todo tipo de
acontecimento súbito: como é que nossas mentes suportam essas diferenças todas?
Ninguém ainda listou as vidas como sucessões de eventos em torno de um
centro-estável, oscilando dimensionalmente segundo certo metro a estabelecer:
como procedemos para manter a homeostase e o que é essa “propriedade
auto-reguladora” dos organismos psicológicos? Quais são os órgãos psicológicos
do corpo psicológico?
Vitória, sábado, 30 de dezembro de
2006.

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