Quando a Mãe Vaza
Não há ninguém tão paciente quanto as
mães-mulheres, diz o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES), pois
elas viviam nas pequenas cavernas com 80 a 90 % de todos: a Natureza
proporcionou o ambiente e criou para ele os indivíduos, elas. Cada mulher-mãe,
especialmente quando mãe, é extremamente paciente, tem de ser; se não fosse,
criaria um clima horroroso dentro da casa-caverna. A Caverna geral era sempre
pequena, por maior que fosse, e o crescimento contínuo da humanidade rapidamente
entupia as novas a que chegavam os peregrinos.
ALGUMAS
ERAM BEM GRANDES
(mas o crescimento da humanidade era muito maior e anda-que-anda as esgotava)
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Ora, lidar com centenas de pessoas
(crianças famintas) não era fácil e deve ter produzido essa criatura
excepcionalmente organizadora que começamos a conhecer. A Natureza acumulou
nelas extrema paciência, em todas as mulheres; e é de esperar que os hormônios
- as moléculas de contenção e liberação - tenham sido adequadamente preparados
para a emersão da maternidade, quer dizer, eles são disparados justamente na
primeira gravidez, acentuando as características de autodomínio das mães.
Por outro lado, quando essa represa (=
MÃE = RAZÃO = NÃO e segue na Rede Cognata) rompe é o caos total, pois nada pode
deter a vazão das águas, como temos visto no decorrer de nossas existências.
Elas vão se contendo demoradamente por décadas até romperem os vasos
respectivos. É um desastre total, mal estudado: não há nenhum livro sobre mães
que rompem fronteiras da auto-contenção.
Vitória, domingo, 17 de setembro de
2006.
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