sábado, 12 de maio de 2018


Quando a Mãe Vaza

 

Não há ninguém tão paciente quanto as mães-mulheres, diz o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES), pois elas viviam nas pequenas cavernas com 80 a 90 % de todos: a Natureza proporcionou o ambiente e criou para ele os indivíduos, elas. Cada mulher-mãe, especialmente quando mãe, é extremamente paciente, tem de ser; se não fosse, criaria um clima horroroso dentro da casa-caverna. A Caverna geral era sempre pequena, por maior que fosse, e o crescimento contínuo da humanidade rapidamente entupia as novas a que chegavam os peregrinos.

ALGUMAS ERAM BEM GRANDES (mas o crescimento da humanidade era muito maior e anda-que-anda as esgotava)


Ora, lidar com centenas de pessoas (crianças famintas) não era fácil e deve ter produzido essa criatura excepcionalmente organizadora que começamos a conhecer. A Natureza acumulou nelas extrema paciência, em todas as mulheres; e é de esperar que os hormônios - as moléculas de contenção e liberação - tenham sido adequadamente preparados para a emersão da maternidade, quer dizer, eles são disparados justamente na primeira gravidez, acentuando as características de autodomínio das mães.

Por outro lado, quando essa represa (= MÃE = RAZÃO = NÃO e segue na Rede Cognata) rompe é o caos total, pois nada pode deter a vazão das águas, como temos visto no decorrer de nossas existências. Elas vão se contendo demoradamente por décadas até romperem os vasos respectivos. É um desastre total, mal estudado: não há nenhum livro sobre mães que rompem fronteiras da auto-contenção.

Vitória, domingo, 17 de setembro de 2006.

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