Olhando as Memórias
da Justiça
Segundo se lê os processos
parados nos tribunais chegam aos milhões (não são milhares, não, são milhões;
seria interessante um livro explorar completamente isso). É insanável. Não há
recursos para sanear, pois os juizes custam caro, toda a estrutura judiciária
custa muito caro.
Isso vem ao mesmo tempo
dos papéis, que devem ser lentamente folheados, e da impossibilidade atual de
colocar tudo na memória dos programáquinas e na Internet, e de construir
programas especiais para lidar com tal amontoado, o que seria extremamente útil
em termos de acabar ou diminuir para perto de zero a impunidade. De um lado o
tal “segredo do Justiça” atrapalha tudo (e favorece também, claro) e de outro
faltam desembargadores que ordenem o aceleramento do Judiciário, por exemplo,
pela elaboração de programas muitíssimo espertos referenciando multiconexamente
as folhas todas, facilitando identificar os elementos principais e secundários
em quadros com indexação geral, completa mesmo, as páginas aparecendo com
autorização na mesa de cada jurado, do (s) advogado (s) de defesa, do (s)
promotor (es) de Justiça, do juiz, dos oficiais de Justiça e assim por diante,
até do público. É preciso DESVENTRAR a Justiça humana, expondo os casos aos
olhos de todos e cada um.
Deveríamos ser capazes de
estudar tudo isso e não continuar tratando como segredo.
Vitória, domingo, 24 de
setembro de 2006.
PROCESSOS PARADOS NA JUSTIÇA BRASILEIRA
INDICADORES ESTATÍSTICOS DO
PODER JUDICIÁRIO - 2003
A taxa de
congestionamento da Justiça brasileira, representada pela relação entre
processos julgados por ano e processos em tramitação, é de 59,26%, com base
em 2003, sendo de 58,67% no STF; 31,12% no STJ; 69,10% no TST; 76,23% nos Tribunais
Regionais Federais (TRF); 81,37% na Justiça Federal; 57,84% nos Tribunais de
Justiça (TJ); 75,45% na Justiça Estadual.
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Solução caseira
Só o Judiciário pode acabar com a
lentidão processual
Por Rodrigo Haidar e Adriana Aguiar
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03/01/2006
Reforma começa a mudar o Judiciário por dentro
“Pergunte a qualquer juiz que tinha parentes trabalhando no
tribunal se a Emenda Constitucional 45 não está funcionando”, desafia o
secretário da Reforma do Judiciário, Pierpaolo Cruz Bottini.
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