Fé-nômeno
O que levou os protestantes no Brasil
de 10 % históricos durante quase os 500 anos de existência (por exemplo, em
1970 – quando se cantava na Copa do Mundo “noventa milhões em ação” – eram
menos de 10 milhões) aos atuais perto de 30 % (de 185 milhões de habitantes, 55
milhões, diferença de 45 milhões em 30 anos)?
É um fenômeno, é ou não é?
Novidades na Fé não seriam.
Que extremas revoluções poderiam ter
sido imaginadas para arrebanhar 20 % de novos adeptos? Eles não têm essa
capacidade toda, de jeito nenhum.
No meu modo de pensar essa nova fé
protestante-evangélica vem da descrença no Estado e da ameaçadora
desindividualização, da inexistência urbana e do medo renovado perante a
tecnociência; dos abusos sexuais na mídia e como uma resposta à falta de
proximidade. Como já disse, os pastores agem como psicólogos baratos (psicólogo
= PASTOR = PADRE = SACERDOTE = FEITICEIRO = PODER = PALAVRA = PROFETA =
POLÍTICO na Rede Cognata). Vem de muitas causas não-analisadas.
Os psicólogos deveriam estar estudando
os fenômenos de massa, a massificação psicológica:
·
Descaracterização
das figuras ou psicanálises (não há mais respeito pelos indivíduos);
·
Banalização
dos objetivos ou psico-sínteses (nada mais “vale a pena” e não há motivo para
construir uma vida inteira);
·
Vulgarização
extrema da produção ou da economia (tudo é descartável e não há fixação de
valores, com verdadeira prostituição econômica);
·
Desmotivação
organizativa ou sociológica (não há mais causas pelas quais lutar: o Cazuza,
que era bobo, dizia “eu quero uma ideologia pra viver”);
·
Desorientação
espaçotemporal ou geo-histórica (falam do “fim das nações”, da
“desnacionalização” com a vinda da globalização).
Eis um dos fenômenos mais
interessantes dessas décadas todas como denúncia das políticas erradas dos
governempresas. E por si só não terem se dedicado a investigá-lo constitui
outro fenômeno, porque mostra como as iludidas elites podem ser
geo-historicamente enganadas (e depostas, diga-se de passagem).
Vitória, domingo, 01 de outubro de
2006.
RESSALTANDO
O FENÔMENO (no
dicionário Aurélio Século XXI e na
Internet)
[Do gr. phainómenon, pelo lat. tard.
phaenomenon.] S. m. 1. Fato, aspecto ou ocorrência passível de observação. 2.
Restr. Fato de interesse científico, suscetível de descrição ou explicação.
3. Fato de natureza moral ou social. 4. Pessoa que se distingue por algum
talento extraordinário. 5. Pessoa, animal ou objeto excepcional por alguma
particularidade; prodígio. 6. Filos. Objeto de experimentação; fato. 7.
Filos. O que se manifesta à consciência. [Cf., nesta acepç., dado (9).] 8.
Filos. No kantismo, tudo que é objeto de experiência possível, i. e., que se
pode manifestar no tempo e no espaço através da intuição sensível e segundo
as leis do entendimento. [Cf., nesta acepç., númeno.] Fenômeno
astronômico. Astr. P. us. 1.
Configuração de astros que ocupam posições próximas na esfera celeste.
Fenômeno cooperativo. Fís. 1. Qualquer
processo cuja ocorrência exige a interação simultânea de vários sistemas
cujas atuações se adicionam para levar ao efeito final. Fenômeno de
massa. Fís. 1. O que só existe ou só
se manifesta quando ocorre grande quantidade de fenômenos individuais ou
particulares. A pressão de um gás, p. ex., é um fenômeno de massa decorrente
das diferentes velocidades das moléculas constitutivas do gás e dos choques
dessas moléculas com as paredes do recipiente que o contém.
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Fenómeno
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um fenômeno (plural: fenômenos) é um acontecimento
observável, particularmente algo especial (literalmente algo que pode ser
visto, derivado da palavra Grega
phainomenon = observável).
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