Psicologia do
Atendimento
Eu sofro, você
sofre, ele sofre, nós sofremos, vós sofreis e eles (todos) sofrem com o
atendimento.
A LINHA DO (MAL) ATENDIMENTO
VOCÊ
VOCÊ
De um lado ou do
outro estamos você e eu. Eu que atendo mal e que mal sou atendido, porque
ninguém me ensinou. Como na escola não há isso, nem nas famílias há, não
aprendemos, especialmente no Brasil, onde na escola somos todos ensinados a ser
senhores e em casa ninguém nos fala nada quanto a servir. Ademais, todos esperam
ser empresários, embora saibamos perfeitamente que só há 20 % de médios-altos e
de ricos que possuem empresas com funcionários. Assim, necessariamente, quatro
em cada cinco vão servir. Mesmo os empresários vão servir, ainda que grandes empresários.
Assim, todos deveríamos ser ensinados. Entretanto, numa coletividade imperial
como a brasileira em que o trabalho é visto como degradante e índice de
submissão, quase todos procuram imaginar-se como nobres isentos dessa suprema
baixeza.
Ora, seria preciso
que os governempresas tivessem a decência de colocar muitos grupos de trabalho ad
hoc (por encomenda) para pesquisar a Psicologia (figuras ou psicanálises,
objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou
sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) do atendimento, especialmente
recepção na ECONOMIA (atendimento agropecuário/extrativista, industrial,
comercial, de serviços e bancário). Tempo e espaço, roupas apropriadas a usar,
cor do ambiente e dos móveis, tipos destes; o que dizer e como tratar a homens,
mulheres e crianças; os temperamentos de manhã, de tarde e de noite; o que
oferecer a uns e outros; quantas pessoas colocar para cada tipo de atendimento
– há mil perguntas a fazer.
Se todos e cada um
aprendêssemos a atender o mundo seria dez mil vezes melhor com o passar do
tempo.
Vitória,
segunda-feira, 14 de março de 2005.
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