quinta-feira, 7 de setembro de 2017


Psicologia do Atendimento

 

                            Eu sofro, você sofre, ele sofre, nós sofremos, vós sofreis e eles (todos) sofrem com o atendimento.

                            A LINHA DO (MAL) ATENDIMENTO

                           

                            VOCÊ

                                                                                                                                                                         

 

                            VOCÊ

 

                            De um lado ou do outro estamos você e eu. Eu que atendo mal e que mal sou atendido, porque ninguém me ensinou. Como na escola não há isso, nem nas famílias há, não aprendemos, especialmente no Brasil, onde na escola somos todos ensinados a ser senhores e em casa ninguém nos fala nada quanto a servir. Ademais, todos esperam ser empresários, embora saibamos perfeitamente que só há 20 % de médios-altos e de ricos que possuem empresas com funcionários. Assim, necessariamente, quatro em cada cinco vão servir. Mesmo os empresários vão servir, ainda que grandes empresários. Assim, todos deveríamos ser ensinados. Entretanto, numa coletividade imperial como a brasileira em que o trabalho é visto como degradante e índice de submissão, quase todos procuram imaginar-se como nobres isentos dessa suprema baixeza.

                            Ora, seria preciso que os governempresas tivessem a decência de colocar muitos grupos de trabalho ad hoc (por encomenda) para pesquisar a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) do atendimento, especialmente recepção na ECONOMIA (atendimento agropecuário/extrativista, industrial, comercial, de serviços e bancário). Tempo e espaço, roupas apropriadas a usar, cor do ambiente e dos móveis, tipos destes; o que dizer e como tratar a homens, mulheres e crianças; os temperamentos de manhã, de tarde e de noite; o que oferecer a uns e outros; quantas pessoas colocar para cada tipo de atendimento – há mil perguntas a fazer.

                            Se todos e cada um aprendêssemos a atender o mundo seria dez mil vezes melhor com o passar do tempo.

                            Vitória, segunda-feira, 14 de março de 2005.

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