quarta-feira, 27 de setembro de 2017


Curiosidades Erradas

 

                            Por acaso puxei o artigo em anexo da Internet e há nele vários erros. Não é culpa do articulista, ele copiou de outros que os introduziram por falta de atenção ou por desconhecerem investigações mais fundas.

·       Na página 8 de 13 (“Uma Feliz Coincidência”) ele diz que π = √2 + √3 (com duas casas decimais). De fato, até aí é, pois pi = 3,141952..., √2 = 1,414213... e √3 = 1,732050... (e 1,41 + 1,73 = 3,14), mas as duas raízes não podem ser somadas para obter o transcendental. Transcendental já significa único, que não pode ser repetido (sob qualquer forma); e as raízes são irracionais. A diferença não dá zero, já destoa na terceira casa decimal = 0,004672... Lendo sem prestar atenção ao detalhe de ser igual apenas na coincidência de duas casas decimais as pessoas podem propagar a inverdade;

·       Nas páginas 1 e 2 (“A Circunferência de 360º”) diz, como todo mundo, “os babilônios não haviam escolhido a base 60 por acaso”. De fato, não. Mostrei no artigo 6 5 4 3 2 1 (Livro 111), em O Cinco que Aparece Tanto (Livro 116), em A Mensagem Deixada pelos Antigos (Livro 120) e outros, que os antigos escolheram no fatorial de 6 (6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 720) DUAS BASES, uma para o espaço (6 x 5 x 2 = 60) e outra para o tempo (4 x 3 x 1 = 12), resultando 60/12 = 5 = velocidade fixa;

·       Nas páginas 2 e 3 (“A Medida da Circunferência da Terra”) diz que Eratóstenes produziu uma medida de 5.000 estádios. Já mostrei num texto lá para trás que não daria exatamente isso e que ele, Eratóstenes, sabia perfeitamente disso; que deixou também uma mensagem ao futuro, envolvendo o número cinco;

·       Nas páginas 5 e ss. (“O Pi”) diz “O número irracional (...)”, apontando para Pi, que não é irracional, é transcendental, é outra história.

Não li tudo, nem sequer tudo em cada fração.

A tendência é a Internet aceitar todo gênero de transgressão.

Porém, isso não é ruim, pelo contrário, é bom, pois antes nem havia jeito de manifestar contrariedade, porque editar um livro falando dos erros alheios demorava um tempo, se fosse feito, se achassem os editores que valeria a pena; poucos liam e menos ainda achavam tempo para criticar e os erros continuavam se propagando durante décadas e talvez centenas de anos. Agora, podem contestar imediatamente, se desejarem.

Isso é uma dádiva, pois até que venha a inteligência artificial universal para purificar todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), estamos à mercê dos erros, o que a Internet, ao divulgar, permite reparar pelo menos em parte.

Vitória, sexta-feira, 27 de maio de 2005.

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