quarta-feira, 27 de setembro de 2017


A Recompensa do Cachorro e a Defesa na Neve

 

A RECOMPENSA DO CACHORRO
 
Estava assistindo um desses programas em que há cachorros treinados e seus treinadores que salvam pessoas soterradas por avalanches e os treinadores entrevistados diziam esperarem os cachorros pela recompensa, um biscoito ou torrão de açúcar, sei lá o que dão.
                            Nós esperaríamos isso?
                            Não, claro que não, a espera é pelo gesto de carinho, que está embutido no biscoito, no afago, na camaradagem; ninguém trabalha realmente pelo dinheiro, isso é só para a sustentação do corpo, pois a maior recompensa mesmo é a sustentação do espírito. Como já disse, a mente humana é que tem significado nos racionais; a Biologia/p.2 no reino psicológico/p.3 já foi deixada para trás milhões de anos no passado ou pelo menos na invenção dos neandertais há 200 mil anos (mas, creio, desde o primeiro hominídeo) e equivale à invenção da língua. Não há mais “corpo humano”, embora eu fale de CORPOMENTE, corpo unido à mente: é que o corpo foi todo racionalizado.
                            Embora os irracionais não tenham razão, ou língua, têm emoções e vale para eles a mesma coisa, pois esperam o compartilhamento emocional. É pura estupidez achar que trabalham pelo biscoito.
A DEFESA NA NEVE
 
Com tantos emissores é espantoso ainda não terem dado um a cada alpinista, obrigatoriamente; por exemplo, uma pitada de qualquer elemento radiativo envolto em chumbo, caixa aberta (estando o corpo protegido) no momento do soterramento, a partir de então emitindo em todas as direções-sentidos, exceto a do plano que irá dar no corpo – então, bastaria o socorro levar um contador Geiger-Mueller. Ou qualquer solução que alguém consiga pensar.
Embora seja apenas um ou outro a se perder e aconteça mais nas estações frias (não interessando ao mundo todo, nem a todos no mundo), ainda é a mesma dor para as famílias dos desaparecidos. É como na falta de balões salva-vidas nos aviões (ou aquelas soluções que apontei), é ridículo.

Vitória, quinta-feira, 26 de maio de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário