A Recompensa do
Cachorro e a Defesa na Neve
A RECOMPENSA DO
CACHORRO
Estava assistindo um desses
programas em que há cachorros treinados e seus treinadores que salvam pessoas
soterradas por avalanches e os treinadores entrevistados diziam esperarem os
cachorros pela recompensa, um biscoito ou torrão de açúcar, sei lá o que dão.
Nós esperaríamos
isso?
Não, claro que
não, a espera é pelo gesto de carinho, que está embutido no biscoito, no
afago, na camaradagem; ninguém trabalha realmente pelo dinheiro, isso é só
para a sustentação do corpo, pois a maior recompensa mesmo é a sustentação do
espírito. Como já disse, a mente humana é que tem significado nos racionais;
a Biologia/p.2 no reino psicológico/p.3 já foi deixada para trás milhões de
anos no passado ou pelo menos na invenção dos neandertais há 200 mil anos
(mas, creio, desde o primeiro hominídeo) e equivale à invenção da língua. Não
há mais “corpo humano”, embora eu fale de CORPOMENTE, corpo unido à mente: é
que o corpo foi todo racionalizado.
Embora os
irracionais não tenham razão, ou língua, têm emoções e vale para eles a mesma
coisa, pois esperam o compartilhamento emocional. É pura estupidez achar que
trabalham pelo biscoito.
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A DEFESA NA NEVE
Com tantos emissores é espantoso
ainda não terem dado um a cada alpinista, obrigatoriamente; por exemplo, uma
pitada de qualquer elemento radiativo envolto em chumbo, caixa aberta
(estando o corpo protegido) no momento do soterramento, a partir de então
emitindo em todas as direções-sentidos, exceto a do plano que irá dar no
corpo – então, bastaria o socorro levar um contador Geiger-Mueller. Ou
qualquer solução que alguém consiga pensar.
Embora seja apenas um ou outro a se
perder e aconteça mais nas estações frias (não interessando ao mundo todo,
nem a todos no mundo), ainda é a mesma dor para as famílias dos
desaparecidos. É como na falta de balões salva-vidas nos aviões (ou aquelas
soluções que apontei), é ridículo.
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Vitória,
quinta-feira, 26 de maio de 2005.
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