Paulo Era Tão
Acessível Comparado com a Dificuldade de Entrar na Toca do Coelho Agora
PAULO COELHO ESTÁ NA ENCICLOPÉDIA
(1947- ), escritor brasileiro que já
vendeu mais de 21 milhões de livros em cem países. Em março de 1999, foi
apontado pela revista francesa Lire como o segundo autor mais lido do mundo.
O primeiro é o norte-americano John Grisham. Também em 1999, Paulo Coelho
recebeu o Crystal Award, prêmio concedido pelo World Ecconomic Forum. Esta
foi a primeira vez que um brasileiro mereceu esta honraria. Enciclopédia
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Atualmente, 2005, ele já vendeu
segundo dizem 65 milhões de exemplares, de longe o brasileiro que mais vendeu,
ultrapassando Jorge Amado, que não obstante publicou durante 50 anos.
Durante décadas o Paulo Coelho (a
pergunta “Paulo Coelho” no Google trouxe 845 mil páginas) foi apenas o Paulo,
companheiro do Raul Seixas, músico brasileiro de vanguarda agora falecido; como
um qualquer, como Paulo ele deve ter bebido café no bar da esquina ou em
qualquer boteco copo sujo e imagino que ninguém lhe dava muita bola, ao passo
que agora que virou celebridade quase todos querem “tirar casquinha”, como diz
o povo – quase todos querem se aproximar dele para tentar partilhar a glória
humana da evidência passageira. Não é tão extraordinário? Não deviam ter
desconsiderado o Paulo quando ele não tinha fama, nem engrandecê-lo tanto
agora.
Veja só como nós somos.
Ah, a humanidade!
Que coisa tão triste.
Aposto que enquanto Paulo ele gostaria
de ter tido mais atenção de todos e cada um e assim é com cada ser humano.
Vitória, segunda-feira, 28 de março de
2005.
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