quarta-feira, 6 de setembro de 2017


Fazendo Prova de Competência

 

                            Gabriel reclamou da prova.

                            Há pouco tempo (duas ou três horas para sete questões), o nervosismo quanto às exigências é grande, a pressão da quantidade de matéria é espantosa, os garotos e as meninas sofrem muito, especialmente se não são cursos-de-memória, tipo serviço social, em que é necessário memorizar vastas quantidades de dados, e sim cursos-de-inteligência, onde é preciso RE-DESCOBRIR os caminhos trilhados pelos matemáticos e pelos tecnocientistas nos últimos 500 anos, especialmente a faixa densa da Matemática que vai da akmé (do grego, apresentação, que chamei de meia-vida) de Newton (inglês, 1642-1727, MV em 1685) até, digamos, 210 anos ou sete gerações depois, 1895.

                            AS CONDIÇÕES DOS PROVADOS

·       Muita matéria, muitas fórmulas;

·       Diferentes procedências [sexo (as mulheres podem estar menstruadas ou na TPM, tensão pré-menstrual), origem e condição social, raça (os negros são desfavorecidos), idade, trabalho (há os que enfrentam serviço) e assim por diante];

·       Pouco tempo;

·       Condições ambientais (sala, posição do sol, temperatura, sons das redondezas, professor mencionando o tempo remanescente, colegas colando, fome ou sede ou outras necessidades fisiológicas, etc.);

·       Horário da realização (de tarde é diferente de pela manhã; com uma aula a seguir pressionando é diverso de fazer prova no último horário);

·       Muitas outras.

Evidentemente, só por a pedagogia existir há tanto tempo e de haverem tantos pesquisadores empenhados, eles terão investigado tais condições PESSOAIS (individuais, familiares, grupais, empresariais – fazer prova numa universidade limpinha, cuidadosa, de primeiro mundo, é diferente de fazê-la numa esculhambada, pública, do Brasil) e AMBIENTAIS (dependências administrativas das escolas: municipais/urbanas, estaduais, nacionais e mundiais).

Certamente.

Mas não do modo exaustivo do modelo, com enquadramento total. Neste caso seria preciso estabelecer os parâmetros ou programas de investigação.

Que situações favoreceriam AO MÁXIMO o aluno, sem prejudicar os critérios nacionais em torno das exigências mínimas? Como os professores podem constituir grupos para formular provas? Que padrões podem ser erigidos ou arquitetados de modo a estabelecer uma linha-de-lógica para a realização das provas?

Há muitas perguntas a fazer.

Só não podemos é permanecer estáticos quanto a isso que é vital para tantos alunos através da geo-história, e para pais e mães, além da coletividade mais além.

Há um PROGRAMA NACIONAL DE ESTUDO DO SISTEMA DE PROVAS? Não há, claro que não há. Tal cuidado tão especial não devemos esperar do capitalismo brutal. Sequer deve haver nos mundos centrais, quando mais no terceiro mundo!

Porém, deve haver, e o quanto antes.

Vitória, domingo, 13 de março de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário