terça-feira, 1 de novembro de 2016


Skara Brae

 

No livro de Bill Bryson, Em Casa (Uma breve história da vida doméstica), São Paulo, Companhia das Letras, 2011 (sobre original de 2010), página 44 e seguintes, ele fala de Skara Brae: nas Ilhas Orkney foram descobertas ruínas de 5,0 mil anos, um povoado com aquele nome atual. As construções são mais velhas que as pirâmides, de 4,5 mil anos, e que as Stonehenge. “E o mais surpreendente em Skara Brae é a sofisticação”. “(...) mas as evidências ali indicam que Skara Brae desfrutou de seiscentos anos ininterruptos de conforto e tranquilidade” (desde 3,1 mil a.C. até 2,5 mil a.C.).
BILL BRYSON (americano, 1951).
LIVRO QUE ESCAN-SKARA.
http://d.gr-assets.com/authors/1189096502p5/7.jpg
http://d.i.uol.com.br/diversao/2011/11/10/em-casa-novo-livro-de-bill-bryson-1320972762576_956x500.jpg

SKARA BRAE, ILHAS ORKNEYS, ESCÓCIA

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXN0xilxNGhEGuKsKwA2C8hKR7_2OdAamL83O9uFtyk6ZWj_YqQK9fHCYMlZSoBZXT3klXrD6HNANmc6qZaYkSsPLMVl73L315ZCeEHInAICfD6lgY71cJWzYP4X6i3K23leRZJCBvepqo/s1600/skara.jpg
http://www.orkneyjar.com/history/skarabrae/skarainteriorpano.jpg
http://images.ancient-scotland.co.uk/pics/ASskarabrae-20110914-03.jpg
http://www.educationscotland.gov.uk/Images/Skara%20Brae%20(L)_tcm4-570163.jpg

Fi veio entrando esbaforido, bem ligeirinho (tudo isso é figura de linguagem, para reportar nostalgia, na realidade em 2700 e borrachinha as pessoas passeavam na plataforma gravinercial que seguia em qualquer inclinação, levada por jatos de luz verde postos na cintura).

FI – Vi, querida, escute, descobriram Skara Brae!

VI – quê? Tá de gozação?

FI – não, 1850, em 1927 investigação formal, só soube agora, estava revisando outros cenários temporais, muita ocupação.

VI – 1927? Desenterraram?

FI – sim, peguei por acaso passando por 2010, pessoas foram visitar, os arqueólogos abriram tudo, ficou em exposição.

VI – será que a gente não pode ocultar?

FI – como? Milhares de pessoas? Milhões, com aquela coisa de Solarwet selvagem deles, mesmo pobre e ruinzinha, circulou, né?

VI – ruim assim?

FI – pior, parece que começaram a raciocinar.

VI – droga, não era para isso acontecer. Você não ficou de ocultar? De colocar as travas?

FI – fiquei, mas você não estava exigindo pressa naquelas coisas, tá lembrada? Passei para TI.

VI – Ti? Não acredito que você confiou alguma coisa a essa menina! Puxa, Fi, essa foi fogo, não quero criticar, mas foi ruim, né, querido?

FI – sim, foi péssimo, a questão é o que fazer. Nem te digo.

VI – fica pior?

FI – fica.

VI – puxa, quando vem a avalanche é pesado mesmo, né?

FI – descobriram as lapas.

VI – AS LAPAS?

FI – não se desespere. Médico, cuide dela.

O robô estabiliza as funções de Vi.

Ela fica calada durante alguns segundos.

VI – as lapas?

FI – sim, as lapas.

VI – isso é péssimo. Não acredito que deixamos as lapas para trás.

FI – deixamos, foi a pressa, lembra, estávamos sob ataque.

VI – caramba, Fi, a gente fez de tudo para parecer da época, mas também não poderíamos deixar de oferecer algum conforto para as crianças, essa é que é a verdade. E se agora eles descobrirem a utilidade das lapas?

FI – nem quero pensar. Talvez a gente pudesse roubá-las, o que você acha? Pegar antes de 1850?

VI – não, nem pensar, agora eles já sabem, como você iria explicar o sumiço de tantas delas? Você sabe que não pode estar conectado a descobertas.

FI – lá isso é.

Serra, segunda-feira, 11 de janeiro de 2016.

GAVA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário