Comprando no Terreirão
Você pode
imaginar a cena na Caverna-Terreirão geral: os homens saíam 10 a 20 % a
caçar-pescar, as mulheres ficavam 90 a 80 % de todos, bafafá tremendo, zoeira,
conversações em vários níveis, memorização desenfreada (se estou certo, os
garotinhos que ficavam até os 13 anos, que eram xodós muito paparicados, devem
ter nessa fase enorme, gigantesca capacidade de memorizar, o que depois
perderão subitamente), fofocas aos montes, gritarias para proteger os infantes
do predador (para salvar os garotinhos elas empurrariam as menininhas aos caçadores
de gente - isso deve poder ser rastreado na pré-escrita e nas eras geo-históricas),
falação em vários níveis com o uso de todo o corpo (maior expressividade no
rosto).
São essas
características que os supermercados, os centros de compra, as lojas devem
preservar e desenvolver e que de certo modo estão representadas nos shoppings
centers, embora seja ridículo haver uma “praça de alimentação” exposta no
terreirão de coleta.
Com muito
cuidado as mulheres saíam para coletar, sempre com medo pânico de predação,
principalmente dos pequenos (não se incomodariam muito se as feras levassem o comilão
avô inútil, mas as avós atarefadas e conselheiras seriam protegidas).
Como já
disse, o Céu das mulheres é centro de compras não-finito com cartão
platinum-celestial que elas nunca precisarão pagar, com carrinhos de compras
que possam abarrotar e largar pelo caminho.
Colher e
coletar QUALQUER COISA, mesmo sem proveito, mas com extremo cuidado judicioso
ou desmedida atenção, pois uma mulher JAMAIS deve se colocar sob a crítica
individual ou, nem pensar, sob a avaliação social negativa. Seria desastre
total, melhor morrer se um fiapozinho que fosse estivesse fora do lugar e fosse
objeto de desprezo da comunidade. Quer irritar a mulher? É só pedir a outra que
a critique ou, seria o cúmulo, que anunciasse a incapacidade dela de atrair
macho e, por conseguinte, produzir filhos (as filhas não contavam), do tipo
“você está gorda”.
O LADO RUIM DAS COMPRAS NO TERREIRÃO
1.
Perigo (deve ser garantida segurança);
2.
Exposição (deve ser fechado);
3.
Produtos deteriorados (crítica de outras,
sensação ode ter sido enganada), elas fofocarão com as outras, a loja ficará
arruinada;
4.
Implicância com os garotinhos (vixe!);
5.
Produtos sem brilho (esmaecidos, que não
chamam atenção do macho);
6.
Sem produtos de embelezamento (não é o macho,
é o futuro; mas se não houver macho-transiente, passante, não haverá futuro):
cabelereiros, joalheiros, bijutereiros; manicures-pedicuras; tratamento de
pele;
7.
Sem panelas, panelas, panelas – todo tipo de
preparador;
8.
Sem alimentação (mas o homem deve oferecer);
9.
Sem frutas, legumes, raízes-tubérculos,
folhas, tudo de coleta;
10.
Sem pássaros cantando (eles eram coadjuvantes
delas) e borboletas;
11.
Sem água para beber, bebedouro bem perto (se
longe seria maior o risco);
12.
Adulação do garotinho, mimos para ele (não
para as competidoras menininhas);
13.
Muitas coisas mais que você descobrirá (vá
olhar os centros de compra, eles fizeram emocionalmente, a emoção é atávica,
liga com o passado remoto);
14.
Multidão flanante (caminhantes sem sentido
certo, transeuntes sem rumo) e falante.
Se os
psicólogos-economistas investigarem o passado, verão as dependências femininas
(e masculinas também, como já coloquei alhures). De fato, será muito bom quando
melhorarem os cenários-terreirão, pois aí já será racional; contudo, as
mulheres se tornarão ALTAMENTE dependentes, viciadas mesmo.
Serra,
quarta-feira, 28 de outubro de 2015.
GAVA.
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