Política da Língua e
Invenção do Povo
A CAPA DE D800
D800
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Política
da Língua e
Invenção
do Povo
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Isso se subdivide em dois elementares:
1) Política
da Língua: o D800
não é somente um dicionário, contração formidável dos milhares e até centenas
de milhares de verbetes para oito centenas administráveis em memória total pelo
povo, mas uma política ou controle no sentido de DEVOLVER A HUMANIDADE roubada
ao povo, através da Língua geral; e de ligar os não-alfabetizados do mundo
inteiro, tirando da intelectualidade os instrumentos de concessão de cidadania
e existência psicológica plena. O povo passará a ser por si mesmo, não apenas
em realidade biológica, mas em realidade psicológica – ou seja, o povo
inventará sua própria racionalidade;
2) Invenção
do Povo: então,
emerge naturalmente, com naturalidade, a partir de SUA PRÓPRIA natureza o povo,
quer dizer, nasce o espaçotempo de autoinvenção do povo. Que se inventará aos
poucos, metodicamente, longe agora do ET CONCESSIONAL que vinha de doação das
elites. Nós poderemos acompanhar, com extrema alegria, essa invenção de si, e
re-invenção em choque com as elites. Novo choque, novas exigências, nova
racionalidade (o que também será bom para essas elites).
Eis então dois pulsos formidáveis.
a) Política do Povo;
b) Invenção da Língua.
Se mais nada tivesse sido feito, só
isto já bastaria para imensa festa nos séculos vindouros.
Vitória, terça-feira, 01 de março de
2005.
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