sexta-feira, 8 de setembro de 2017


O Tijolo e o Consórcio Lógico que Vai Adiante

 

                            A lógica embutida no tijolo já pressupõe a POSSIBILIDADE DE USO, mas não de todo uso, porque essa é incontável e vem desde quando os primeiros tijolos foram inventados na Suméria ou onde for, em Harappa, Mohenjo-Daro, Çatal Huyuk ou Jericó – que o descubram os arqueólogos.

                            Porém, a lógica de formação do tijolo não obstrui toda lógica posterior do USO DO TIJOLO, que é enorme, se pensarmos em tudo que já foi feito com tijolos: é uma enormidade. Todas as paredes, pisos e até tetos que foram feitos com tijolos em incontáveis combinações é mesmo uma coisa espantosa. Vemos que de um único tijolo (nessa classificação estão colocadas também as lajotas, chamadas “tijolos furados”) podemos construir infinitas formas. De fato é assim com cada tijolo.

                            OS TIJOLOS DA CONSTRUÇÃO

·       MICROPIRÂMIDE

1.       Campartícula fundamental;

2.       Subcampartículas;

3.      Átomos;

4.      Moléculas;

5.      Replicadores;

6.      Células;

7.       Órgãos;

8.      Corpomentes;

·       MESOPIRÂMIDE

1.       Indivíduos;

2.       Famílias;

3.      Grupos;

4.      Empresas;

5.      Cidades/municípios;

6.      Estados;

7.       Nações;

8.      Mundos;

·       MACROPIRÂMIDE

1.       Planetas;

2.       Sistemas estelares;

3.      Constelações;

4.      Galáxias;

5.      Aglomerados;

6.      Superaglomerados;

7.       Universos;

8.      PLURIVERSO (com estes os racionais não podem fazer nada, só o UM).

Era isso que Koestler talvez quisesse dizer com seu conceito de hólon (holo, todo e on, parte; chamei de PARTODO ou TODOPARTE no modelo): o finito inferior levando ao não-finito mais alto, quer dizer, de um molde simples emerge toda uma realidade complexa. Cada tijolo de antes é parte da construção de depois e assim sucessivamente.

Desse modo, inventando coisas simples o consórcio ou sociedade lógica vai adiante, se complexificando cada vez mais, se tornando cada vez mais intricada. Não é preciso de início construir objetos já complicados: as complexidades crescentes vão sendo postas no porvir e são OUTRAS CONSTRUÇÕES, que são feitas de partes simples montadas juntas, assim como um transatlântico - digamos o Queen Mary 2 (chamado QM2) - com vários milhares de toneladas de processos que no conjunto são abstrusos demais para decifração por qualquer ser humano isolado.

As pequenas criaturas anteriores vão se consorciando para o resultado muito mais vasto e completo de depois.
Vitória, terça-feira, 29 de março de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário