domingo, 10 de setembro de 2017


Cavernas e Pós-Cavernas, Pré-Cidades e Cidades

 

                            ES-QUADRO E COM-PASSO

CAVERNAS
As primeiras são as da fissura africana, a Forquilha, como a chamei; foram ocupadas pelos primatas que para lá migraram desde as florestas equatoriais do Oeste da África a partir de 10 milhões de anos atrás
PÓS-CAVERNAS
As famílias tendo crescido muito, as cavernas foram totalmente ocupadas, criando-se quartos primitivos dentro; estes cresceram tanto em número que timidamente – sempre os pobres – aos poucos transbordaram para o exterior, onde nasceram as pós-cavernas como agrupamentos de vários conjuntos de quartos, depois cobertos por imitação das cavernas (daí vieram as casas cobertas)
DECISÃO DE SEPARAÇÃO SEM VOLTA (não temos nenhuma notícia desse rompimento magnífico)
PRÉ-CIDADES
Aqui já houve destaque em relação ao espaço rural e foi a partir daqui que foi realmente inventada a urbanização; antes tínhamos o campo, depois o não-campo, o que se distinguiu ou se separou do campo; antes tínhamos o passado e ali passamos a ter o futuro, sendo do maior interesse investigar essa fase, essa faixa-de-passagem, pois ela foi fundamental; antes ainda éramos hominídeos descendentes dos primatas, depois nos tornamos verdadeiramente humanos
CIDADES
Esse foi um salto difícil de aquilatar; pois antes os seres humanos pouco mais eram que animais, estavam se separando, se distinguindo, se notabilizado como uma nova espécie que poderia regredir, mas a partir daqui não mais, de modo nenhum; aí já estavam definitivamente cravadas as garras do porvir (a primeira cidade, pelo menos a mais antiga achada, foi Jericó, de apenas 11 mil anos)

Veja, tudo isso ainda está oculto das tecnociências, eles não sabem de nada disso. Os elos não foram achados porque os tecnocientistas nem sabem que existem uma corrente.

Será preciso descobrir cada elemento desses, de que só temos as pontas (cavernas                                cidades) e mesmo assim muito mal conhecidas, como já mostrei, pois as cavernas foram muitas e ocupadas permanentemente em toda parte por milhões de anos. As cidades devem ser muitas, também, mas de 11 a 4,5 mil anos só foram descobertas quatro (Jericó, Çatal Huyuk, Mohenjo-Daro e Harappa), ainda que tenham se passado 6,5 mil anos. Devem ser até centenas, pelo menos dúzias.

Em resumo, o quadro está mais furado que tabuleiro de puxa-puxa, cheio de buracos. Como é que pudemos aceitar tranqüilamente tais buracos como inexistentes eu não sei.

Vitória, domingo, 03 de abril de 2005.

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