domingo, 3 de setembro de 2017


Os Materiais Espirrados dos Panelões

 

                            Como, em que seqüência, em que ritmo, com quais proporções, para onde e quando, com que velocidade são ejetados os materiais que compuseram antes o volume que se tornou o vazio do Panelão da flecha? Há toda a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro vida, no centro do centro vida-racional) com que embater. Quando espirra água a primeira que sobe é expulsa devido somente ao momento cinético do impacto direto, enquanto sucessivamente as demais estão esquentando até que por fim vaporizarem totalmente a partir de um certo momento a calcular, cumprindo nisso uma Curva do Sino, declinando daí a temperatura até cair abaixo do ponto de ebulição ou fervura da água, declinando sempre até a temperatura ambiente nova.

                            O ar esquenta também e turbilhona em pavorosas volutas, criando tufões terríveis, atualmente inimagináveis, muito interessantes de estudar na termomecânica das flechas.

                            O solo cumpre diversas trajetórias. O carbono superficial colocado pela fotossíntese nos diversos compostos evapora rapidamente como fogo que ajuda a queimar os demais elementos; o carbono profundo, enquanto gás e petróleo é preciso estudar, pois cumpre caminho ainda mais especial. As rochas de diversas densidades e composições, não sendo de modo algum homogêneas, reagem às altas temperaturas em graus variadíssimos; algumas derretem e vão constituir vidros, outras fundem e penetram no solo menos denso e outras cumprem outros cursos, que os geólogos irão precisar. O que é quente, por sua vez, fica ainda mais quente com a energia incrementada.

                            Tudo pega fogo, mas não do mesmo modo, nem no mesmo ritmo, nem sendo espirrado do mesmo jeito do foco do panelão. É isso que precisamos frisar e sobre o que precisamos fixar nossos olhares mentais, já que os compostos são muito diferentes e as reações mais ainda. São misturas belíssimas, gerando milhares de expansões distintas, todas deliciosas de olhar.

                            Vitória, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005.

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