O Modelo da Caverna e
a Construção Atual de Campos de Caça
O Modelo da Caverna
para a Expansão dos Sapiens polarizou nitidamente dois grupos, a saber: a)
homens (machos e pseudofêmeas) caçadores; b) mulheres (fêmeas e pseudomachos)
coletoras. Isso está encruado nas almas de todos e cada um, positivamente
firmado pela evolução e pelas construções moleculares indestrutíveis (exceto
certa engenharia genética muito sábia).
Os homens, 10 a 20
%, iam caçar, e as mulheres, 90 a 80 % (toda uma turba: 50 % de mulheres, 25 %
de meninos somados a velhos, guerreiros doentes, anões e anãs, mais a criação,
e gatos e cachorros de boca pequena), ficavam colhendo, com tarefas muito
específicas, como já desenhei fartamente.
Ora, resta disso que
quando os homens foram assentados pela invenção feminina da agricultura, da
pecuária e do extrativismo iniciais e as cavernas mudaram em pós-cavernas,
depois em pré-cidades e cidades, a primeira sendo Jericó lá por 11 mil anos
atrás, não havia mais campos de caça e pesca, que foram todos desaparecendo.
Não é àtoa que foram inventados os esportes das elites e os desportos do povo
inversamente proporcionais em seu aparecimento ao sumiço dos campos e das
guerras. Quando menos guerras há mais esportes aparecem. Sobraram para poucos
ir “soltar os cachorros” nas guerras, pois não há mais guerras, por assim
dizer. Os soviéticos em sua ociosidade intelectual puderam contar 14 mil guerras.
Tais guerras resultaram de invenção na pré-Antiguidade e fazem parte de nossa
identidade humana. Então, as guerras foram substituídas pelos ginásios
poliesportivos e academias de ginástica. Os campos de coleta foram trocados
pelos supermercados e centros de compras. Homens vão malhar (as mulheres que
vão lá vão apenas olhar os homens molhados), mulheres vão à colheita
pós-contemporânea.
Entrementes, os
ginásios e as academias estão mal-planejados e não foram bem distribuídos nas
cidades, porque ninguém sabia disso, ninguém tinha tal visão ampla do MCES tal
como foi se desenhando. Agora vai ser preciso reprogramar tudo em todas as
cidades do mundo (e no campo também), distrito por distrito (são dois ou três
milhões deles, imagine a trabalheira).
Vitória, sábado, 19
de março de 2005.
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