quarta-feira, 6 de setembro de 2017


O Modelo da Caverna e a Construção Atual de Campos de Caça

 

                            O Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens polarizou nitidamente dois grupos, a saber: a) homens (machos e pseudofêmeas) caçadores; b) mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras. Isso está encruado nas almas de todos e cada um, positivamente firmado pela evolução e pelas construções moleculares indestrutíveis (exceto certa engenharia genética muito sábia).

                            Os homens, 10 a 20 %, iam caçar, e as mulheres, 90 a 80 % (toda uma turba: 50 % de mulheres, 25 % de meninos somados a velhos, guerreiros doentes, anões e anãs, mais a criação, e gatos e cachorros de boca pequena), ficavam colhendo, com tarefas muito específicas, como já desenhei fartamente.

                            Ora, resta disso que quando os homens foram assentados pela invenção feminina da agricultura, da pecuária e do extrativismo iniciais e as cavernas mudaram em pós-cavernas, depois em pré-cidades e cidades, a primeira sendo Jericó lá por 11 mil anos atrás, não havia mais campos de caça e pesca, que foram todos desaparecendo. Não é àtoa que foram inventados os esportes das elites e os desportos do povo inversamente proporcionais em seu aparecimento ao sumiço dos campos e das guerras. Quando menos guerras há mais esportes aparecem. Sobraram para poucos ir “soltar os cachorros” nas guerras, pois não há mais guerras, por assim dizer. Os soviéticos em sua ociosidade intelectual puderam contar 14 mil guerras. Tais guerras resultaram de invenção na pré-Antiguidade e fazem parte de nossa identidade humana. Então, as guerras foram substituídas pelos ginásios poliesportivos e academias de ginástica. Os campos de coleta foram trocados pelos supermercados e centros de compras. Homens vão malhar (as mulheres que vão lá vão apenas olhar os homens molhados), mulheres vão à colheita pós-contemporânea.

                            Entrementes, os ginásios e as academias estão mal-planejados e não foram bem distribuídos nas cidades, porque ninguém sabia disso, ninguém tinha tal visão ampla do MCES tal como foi se desenhando. Agora vai ser preciso reprogramar tudo em todas as cidades do mundo (e no campo também), distrito por distrito (são dois ou três milhões deles, imagine a trabalheira).

                            Vitória, sábado, 19 de março de 2005.

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