sexta-feira, 8 de setembro de 2017


Idades da Língua

 

                            LÍNGUAS DAS IDADES

IDADE
LÍNGUA DE, A:
Antiga
Dos primórdios a 476
Média
De 476 a 1453
Moderna
De 1453 a 1789
Contemporânea
De 1789 a 1991
Pós-Contemporânea
De 1991 em diante

Fica bastante claro que a tecnociência foi capaz de introduzir centenas de milhares de palavras nos mais recentes 500 anos, o que nunca tinha acontecido antes; e as introduz agora num ritmo cada vez mais acelerado.

Uma vez que concluí no modelo que ter língua e falar é ter alma, decorre disso que descobrir a língua de cada faixa é descobrir a alma ou psicologia de cada era, quer dizer, descobrir as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) tal como eram enquanto psicologias (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias e espaçotempos ou geo-histórias), especialmente na economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos), quer dizer, é poder desenhar mais fielmente todos os cenários. Se não é feito preliminarmente esse trabalho de mineração das línguas como poderemos saber como eram as pessoambientes daquele tempo? Iremos interpretá-las com as palavras e as conotações de agora. O que queria dizer “morte” na Idade Média? E “fidelidade” na Antiguidade? Fica parecendo que a Psicologia geral enquanto disciplina universitária da Técnica/Ciência é muito frágil e débil, porque não se baseia em tais pesquisas. Temos descrições daqueles tempos nos testemunhos que sobraram, porém não sabemos o que eles queriam dizer.

Depois de milhares de anos e de milhares de pessoas terem feito traduções mais ou menos apuradas do Pentateuco e dos demais textos da Bíblia, inclusive Novo Testamento, André Chouraqui produziu uma nova, onde que se ateve à língua tal como ela era falada em Israel, segundo pude depreender. Isso mudou toda a característica do texto, porque de algo que é fluente nas traduções que conhecíamos obteve ele um texto abrutalhado que parece ter sido vazado na língua de um povo rude não-contemporâneo, o que ainda está por ser adequadamente avaliado.

Vitória, sexta-feira, 25 de março de 2005.

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