Pra
Frente com Raça
Como disse em A Beleza da Desigualdade, não podemos contestar a desigualdade boa,
só a ruim. Seres humanos não são árvores, brinquedos não são prédios, negros
não são amarelos, mulheres não são homens e assim por diante – de fato, é a
desigualdade (boa), é a diferença que faz o mundo ser bom, entre outras coisas.
O que contestamos é a desigualdade política, a falta de respeito, os ataques,
as impropriedades raciais e sexuais e vai.
Do mesmo modo, raça é palavra dicionarizada,
ela existe, as pessoas a conhecem, ela serve ao mundo. Há distinções formais,
superficiais, que nos fazem notar imediatamente a presença das raças (amarela-asiática,
negro-africana, vermelha-americana, branco-europeia), não é possível não reparar
nisso.
AS
QUATRO RAÇAS
(peça na Internet e ela responderá)
Essa ideia de que não existem raças vem de
Claude Lévi-Strauss, belga, 1908-2009, 101 anos entre datas, vem de seu livro Raça
e História, publicado em 1952 na França, 64 anos já causando danos. A
esquerdosa não quer ver a evidência, como os avestruzes que enterram a cabeça
na areia e as crianças que, fechando os olhos, acreditam que a realidade
desapareceu.
É prova de fraqueza evitar ver.
As coisas estão no mundo, precisamos enfrenta-las.
O que detestamos, de fato, é a falta de
consideração, de apreço, de estima, de amizade – os tratamentos ruins a
péssimos, e isso em qualquer instância: entre adultos e crianças, entre velhos
e moços, entre homens e mulheres, entre as raças, entre as classes, entre as
formações escolares, todo tipo de desapreço, todo gênero de destrato.
É ISSO QUE PRECISAMOS COMBATER ACERBAMENTE,
veementemente, com todo impulso e fúria. Precisamos atacar as desqualificações
operário-intelectual, rico-pobre, ocidentais-orientais, nortistas-sulistas.
As raças existem, podemos vê-las.
O que não podemos aceitar de modo nenhum são
os tratamentos pérfidos, a iniquidade política, a falta de amor, a ausência de
caridade.
Vitória, terça-feira, 4 de outubro de 2016.
GAVA.
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