sábado, 21 de julho de 2018


A Antiga e a Nova Cinematografia

 

A antiga gravação era físico-química, um plano, um retângulo impresso, ao passo que a atual é informacional, é memória de máquina. Um rolo tinha de conter 25 fotografias por segundo, 1.500 por minuto, 90 mil por hora, em duas horas de projeção 180.000 – isso dava rolos grandes de quase meio metro de diâmetro, e pesados -, pois tudo era analógico ou proporcional. Agora é digital, conjunto de sinais alfanuméricos.

Anteriormente era difícil modificar ou colocar em três dimensões, agora é fácil estabelecer qualquer sub-plano (porisso falam em Search & Light, pesquisa e luz; e em “trabalhadores da luz”), daí tudo ter ficado muito mais falsificável. Os mágicos-artistas já compreenderam isso faz tempo, mas a nova realidade não atingiu plenamente os teólogos-religiosos, os filósofos-ideólogos, os cientistas-técnicos e os matemáticos).

Antes a fotografia da onça estava mesmo lá e agora não está mais em definitivo, é modificável quanto se queira e se pretenda. Evidentemente isso afetará toda a realidade psicológica (as figuras ou psicanálises, os objetivos ou psico-sínteses, as produções ou economias, as organizações ou sociologias, os espaçotempos ou geo-histórias, neste caso com reconstruções muito mais apuradas da história que as stalinistas).  Não há mais a mínima garantia de a memória de um filme permanecer na próxima projeção, o que eivará ou contaminará as provas judiciárias de suspeitas, para dizer o mínimo. A única defesa é a manutenção de muitos, muitos arquivos em toda parte para comparação; naturalmente, você sabe, o ontem tem tendência de desaparecer e com o passar dos anos, das décadas e das centúrias e a perda da redundância mais e mais o passado parecerá o que nunca foi. Os filósofos devem estudar isso a fundo.

Na porção prática da coisa ficará divertido, porque agora pode ser inserida a terceira dimensão (como já vêm fazendo), uma quarta sem ser o tempo (pois o decorrer do filme já é temporal) ou quantas mais for conveniente; o filme pode ser filigranado, inserindo-se palimpsestos em níveis e subníveis. Um filme inteiro poderia ser “linkado” num ponto qualquer, remetendo-se para uma sub-visão até contraditória daquela passagem. E, com toda certeza, o subliminar huxleyano estará cada vez mais na ordem do dia e da noite.

Vitória, quinta-feira, 12 de abril de 2007.

 

A ANTIGA E A NOVA GRAVAÇÃO

Rolo   de   película   cinematográfica   (16mm)
Rolo de película cinematográfica (16 mm)
http://www.ctav-sav.com.br/tecnica/imagens/foto.gif
 
Memória de Computador - Uma Visão Conceitual
Douglas José Peixoto Azevedo– GPS
1 Introdução
O conceito básico da memória é onde os dados são carregados e processados. A memória de um computador não está realmente concentrada num local, os dispositivos de armazenamento estão espalhados por toda a máquina. Por exemplo, os registros de operação são registros biestáveis usados para efetuação aritmética.

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