O Funil de Euclides
A vida de Alexandre Magno deu-se de 356 a
323, 33 anos entre datas, erguendo a cidade em 332; seu general-herdeiro do
Egito, Ptolomeu, chamado Ptolomeu I Soter (Salvador), de 367 a 283, 84 anos
entre datas, tendo reinado de 305 a 283, 22 anos entre datas. Seu sucessor foi
Ptolomeu Filadelfo (309 a 246, 63 anos entre datas), que reinou de 281 até sua
morte por 35 anos, e ele encheu a Biblioteca de livros. Diz a Internet que ela
foi fundada em 306 por Ptolomeu I (antes de assumir o reino), tendo existido
por quase mil anos. Evidentemente a Biblioteca-Museu foi a primeira
Universidade-Laboratório do planeta e uniu o conhecimento egípcio de três mil
anos com o grego muito mais recente.
Embora a Enciclopédia
Encarta abaixo coloque 300 a.C., a Internet diz num momento 360 a 295, quer
dizer, 65 anos entre datas (meio de vida em 328, muito antes da fundação,
vivendo apenas mais 11 anos depois dela), e noutro momento 325 a 265, 60 anos
entre datas (meio de vida em 295, apenas 11 anos depois da fundação, vivendo
mais 30 anos – esta data parece mais compatível, mas é preciso investigar mais
e melhor).
Fica parecendo para mim que Euclides como
reitor pode compilar os dados egípcios muito antigos e colocá-los a serviço da
humanidade, tendo ficado antes restrito aos sábios sacerdotes. Esse foi seu
mérito, aliás, muito grande, pois as demonstrações rigorosas atravessaram
milênios. Como é que pode antes de Euclides nada haver na Grécia e subitamente
depois dele estar cabalmente demonstrado?
Dá a entender que Euclides foi um funil das
antigas demonstrações não-circuláveis dos padres egípcios, muito ciumentos de
sua sabedoria; que quando Ptolomeu chegou e fundou a Biblioteca e o Museu se
tornou dono do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião,
Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) todo, como Faraó que era,
decidindo liberar tudo ao mundo.
POIS
AS DATAS SÃO INTRIGANTES
DATA
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FUNDAÇÃO
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332
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De Alexandria
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306
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Da Biblioteca
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328 ou 295
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Meio de vida de Euclides, conforme o caso
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Em todo caso, parece que Euclides publicou os
Elementos depois da reunião de todos
aqueles livros-papiros (muitos deles devem ter sido tomados à força dos
templos): milhares e mesmo centenas de milhares deles. Mesmo se contarmos que
na base de um papiro por capítulo 20 papiros constituíssem um livro, os 700 mil
deles teriam significado uma biblioteca de 35 mil volumes, significativa mesmo
hoje.
Enfim, essa história está mal contada e
certamente deprecia os estudos dos sábios-sacerdotes durante 30 séculos.
Vitória, segunda-feira, 23 de abril de 2007.
ALEXANDRIA
Fundada por Alexandre Magno – o Grande, um dia a cidade foi
a capital do Egito
e recentemente descobriu mais uma de suas antigas histórias...
Texto de Sérgio Sakall
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A
BIBLIOTECA
A fundação da Biblioteca
Por conselho de Demétrio de Falero, Ptolomeu Soter, vai
fundar uma nova biblioteca. O edifício será construído no mais belo bairro da
nova cidade, nas proximidades do porto principal, onde também se encontrava o
palácio real, prova bem clara da importância que Ptolomeu, desde o
princípio, lhe atribuiu.
Por exemplo, os poemas homéricos foram analisados por um filólogo do
Museu, Zenódoto de Éfeso (final do séc. III a.C.) que assinalou as
passagens mais suspeitas, o mesmo ocorrendo com os poemas trágicos e a
literatura grega. Assim, nascia no Museu a crítica dos textos.
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A Biblioteca de Alexandria: um pouco de sua
história
Da redação
A
descoberta do local onde se encontrava a Biblioteca de Alexandria,
recentemente, através da pesquisa de uma equipe de arqueólogos egípcios e
poloneses, reavivou a memória daquela que foi, talvez, a mais significativa
de todas as bibliotecas do mundo, através dos tempos. Mesmo com a inauguração
da nova biblioteca, em 2002, a antiga é que exerce todo o fascínio, pelo que
representou como acervo de conhecimento, já que continha a maior coleção de
escritos da Antiguidade.
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A Biblioteca de Alexandria, o coração da humanidade
Durante uns sete séculos, entre os anos de
280 a.C. a 416, a biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo de cultura e
ciência que existiu na antigüidade. Ela não contentou-se em ser apenas um
enorme depósito de rolos de papiro e de livros, mas por igual tornou-se uma
fonte de instigação a que os homens de ciência e de letras desbravassem o
mundo do conhecimento e das emoções, deixando assim um notável legado para o
desenvolvimento geral da humanidade.
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A Biblioteca de Alexandria
A
antiga Biblioteca de Alexandria, que se acreditava reunir a maior coleção de
livros do mundo antigo, foi fundada por Ptolomeu I Sóter, rei do Egito, na
cidade de Alexandria. Os eruditos encarregados da biblioteca eram
considerados os homens mais capazes de Alexandria na época. Zenódoto de Éfeso
foi o bibliotecário inicial e o poeta Calímaco fez o primeiro catálogo geral
dos livros. Seus bibliotecários mais notáveis foram Aristófanes de Bizâncio
(c. 257-180 a.C.) e Aristarco da Samotrácia (c. 217-145 a.C.).
Sob o reinado de Ptolomeu II, a biblioteca principal do Museu de Alexandria
possuía cerca de 500.000 volumes, e a do templo de Serápis continha
aproximadamente 43.000 volumes.
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ma fantástica coleção de saber foi definitivamente
aniquilada pelos árabes em 646 da era cristã. Antes disso muitos ataques
foram destruindo aos poucos esse monumento. Alexandria foi a primeira cidade
do mundo totalmente construida em pedra. A biblioteca compreendia dez grandes
salas e quartos separados para os consultantes.
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O
MUSEU
A fundação do Museu
deve-se a Ptolomeu I, a quem os Rodiotas
cognominaram Sóter
(Salvador) em virtude da ajuda que lhes prestou. Homem de confiança de
Alexandre Magno, general e historiador, foi ele quem, depois da morte de
Alexandre, estabeleceu para si e para seus sucessores um novo reino no
Egipto.
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EUCLIDES
AUGUSTO
Euclides (300?a.C.), matemático grego, considerado o mais importante
da Antigüidade greco-romana. Microsoft
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Todos os direitos reservados.
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Euclides
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Euclides de Alexandria (360 a.C.
— 295 a.C.)
foi um professor, matemático
platónico
e escritor
de origem desconhecida, criador da famosa geometria euclidiana: o espaço
euclidiano, imutável, simétrico e geométrico, metáfora do saber na
antiguidade clássica, que se manteve incólume no pensamento matemático
medieval e renascentista, pois somente nos tempos modernos puderam ser
construídos modelos de geometrias não-euclidianas. Teria sido educado em Atenas
e freqüentado a Academia de Platão, em pleno florescimento da cultura helenística.
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