O Escudo de Classe
Como vimos na Rede Cognata história = MORTA =
RESTO = ESCUDO = EXERCÍCIO = MENTIRA = MÁSCARA = OFICIAL e segue: sempre se
refere ao passado e às elites. Enquanto isso, o que diz respeito ao futuro e ao
povo é a geografia. A área presente é a de conflito geo-histórico.
A história é um escudo da classe tenente, a
que tem os meios de produção, as riquezas tanto monetárias quanto não-monetárias,
as terras. Os historiadores só falam daquilo que interessa à classe dominante:
na época patrícia não se falava dos escravos, na época nobre não se dizia nada
dos servos e agoraqui na época burguesa não discorrem sobre os trabalhadores.
O HISTORIADOR DEFENDE
A CLASSE DOMINANTE (fiel servidor das elites intelectuais e estas da
burguesia)
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Assim, os historiadores nunca vão pesquisar o
proletariado por si mesmo e sim como ofensor da burguesia; jamais buscam os
podres da burguesia, suas fraquezas – criam relatos que como vimos só podem ser
mentirosos, porque não abarcam tudo (por definição são mentirosos, dado que
oriundos de racionais, seres partidos e incompletos). Os revolucionários, que
desejam avançar rumo ao futuro e às novas elites, rumo ao socialismo, devem
então des-mascarar a história oficial, mostrando-a como serviço de classe, como
escudo DA PERMANÊNCIA e do conservacionismo, da exploração de muitos por
poucos, da sujeição do povo.
Os historiadores não falam das alegrias do
povo, de sua luta nova pela sobrevivência, dos novos valores que vão surgindo,
nada mesmo; nem penetram nas favelas ou bolsões de pobreza, exceto para ver a
“resistência popular”, quer dizer, a capacidade ofensiva dos obreiros. É um
exército a serviço da dominação por meio da dominância, a teoria da dominação.
E falam das elites para o povo admirar suas
potências antigas e mais antigas. Assim, o romancista-historiador Christian
Jacq, ainda que admirável em sua técnica literária e em suas construções, não
faz mais que serviço de classe.
Vitória, quarta-feira, 11 de abril de 2007.
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