Os Artifícios de que Vivo
Depois da
operação tomo remédios todos os dias.
QUE REMÉDIO?
NOME
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UTILIDADE
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Atenolol
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Controle
da pressão
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Fluxene
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(Semelhante
ao Prozac) controle do humor
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Grimiprid
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Diminuição
do colesterol
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Metformina
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Diminuição
da glicose
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Sinvastatina
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Diminuição
do colesterol
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Somalgin
(cardio)
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Para
afinar o sangue, torná-lo menos pastoso
|
E como eu
milhões, senão bilhões através do mundo. Não viveríamos sem eles ou no mínimo
viveríamos muito mal, morrendo talvez mais cedo. As vidas de bilhões estão
sendo dilatadas pelo coletivo de produçãorganização.
Não sei
fazer nenhum desses remédios e a maioria dos seres humanos também não. Mesmo
que um químico-bioquímico possa fazer um ou dois não pode fazer todos ou a
maior parte dos fármacos, e só pode aqueles que a extrema organização e avanço
atuais tornaram acessíveis. Estamos todos e cada um amarrados a essa fantástica
teia de Vida-racional.
ÓDIOS APLACADOS, TEMORES ABRANDADOS (diz a música)
·
CONVIVÊNCIA PESSOAL:
1.
Dependência individual;
2.
Conexão familiar;
3.
Vínculos grupais;
4.
Ligações empresariais;
·
REDE AMBIENTAL:
5.
cidades-municípios encadeados;
6. estados
concatenados;
7. nações
imbricadas;
8. mundo em
processo de mistura.
Vivemos todos desses artifícios coletivos.
Não somos mais indivíduos tal como éramos lá nas origens: somos indivíduos EM
REDE, postos em tremendíssima combinação coletiva quase inimaginável.
Essa existência em rede não foi estudada nem
como fenômeno nem como estrutura conceitual, quer dizer, como explicação dos
condicionamentos que impõe. Nem muito menos vem sendo ensinada e aprendida nas
escolas, onde as pessoas ainda se pensam como independentes, não-dependentes.
Que ilusão! Não damos mais nem um passo sem que a rede balance: tudo e todos
são elos da grande corrente, fluxo e prisão.
Vitória, domingo, 22 de abril de 2007.
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