terça-feira, 31 de julho de 2018


Os Artifícios de que Vivo

 

Depois da operação tomo remédios todos os dias.

QUE REMÉDIO?

NOME
UTILIDADE
Atenolol
Controle da pressão
Fluxene
(Semelhante ao Prozac) controle do humor
Grimiprid
Diminuição do colesterol
Metformina
Diminuição da glicose
Sinvastatina
Diminuição do colesterol
Somalgin (cardio)
Para afinar o sangue, torná-lo menos pastoso

E como eu milhões, senão bilhões através do mundo. Não viveríamos sem eles ou no mínimo viveríamos muito mal, morrendo talvez mais cedo. As vidas de bilhões estão sendo dilatadas pelo coletivo de produçãorganização.

Não sei fazer nenhum desses remédios e a maioria dos seres humanos também não. Mesmo que um químico-bioquímico possa fazer um ou dois não pode fazer todos ou a maior parte dos fármacos, e só pode aqueles que a extrema organização e avanço atuais tornaram acessíveis. Estamos todos e cada um amarrados a essa fantástica teia de Vida-racional.

ÓDIOS APLACADOS, TEMORES ABRANDADOS (diz a música)

·       CONVIVÊNCIA PESSOAL:

1.       Dependência individual;

2.       Conexão familiar;

3.      Vínculos grupais;

4.      Ligações empresariais;

·       REDE AMBIENTAL:

5. cidades-municípios encadeados;

6. estados concatenados;

7. nações imbricadas;

8. mundo em processo de mistura.

Vivemos todos desses artifícios coletivos. Não somos mais indivíduos tal como éramos lá nas origens: somos indivíduos EM REDE, postos em tremendíssima combinação coletiva quase inimaginável.

Essa existência em rede não foi estudada nem como fenômeno nem como estrutura conceitual, quer dizer, como explicação dos condicionamentos que impõe. Nem muito menos vem sendo ensinada e aprendida nas escolas, onde as pessoas ainda se pensam como independentes, não-dependentes. Que ilusão! Não damos mais nem um passo sem que a rede balance: tudo e todos são elos da grande corrente, fluxo e prisão.

Vitória, domingo, 22 de abril de 2007.

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