domingo, 22 de julho de 2018


Novônibus

 

Tenho me voltado sempre para os ônibus (omni/bus em latim significa “para todos”, popular) porque eles são instrumentos de libertação que tem escravizado a população com sua freqüência intermitente, seu desenho deplorável, sua tristeza consistente na falta de cores e de alegria externa e interna, sua incapacidade de informar e muitos outros índices de deficiência das elites.

VELHÔNIBUS (velhas elites). Perguntariam como pode ser melhor do que já é, e só de perguntar já estão indicando a crença na subserviência do povo. Os velhos ônibus são retrato de como as elites vêem os operários.

URBANOS
INTERURBANOS
http://ealecrim.net/wp-images/onibus_lotado.jpg
http://www.jwtransportes.com.br/images/onibus%20principal.jpg

ÍNDICES DOS NOVÔNIBUS

·       Computação nas cadeiras;

·       Lixeiras individuais;

·       Local para bagagens;

·       Mais espaço para as pernas;

·       Mapas do lado de fora (já sugerido);

·       Novas carrocerias (nas idéias e patentes coloquei isso);

·       Novos pontos;

·       Ônibus menores e mais freqüentes (já sugerido);

·       Muitos outros índices (não é só um dia de atendimento, pois os ônibus são usados sete anos: 7 anos x 365 dias/ano x 10 viagens/dia dá quase 26 mil viagens (contando média de 20 passageiros por viagem dá meio milhão de passageiros; a R$ 1,50 chega a 750 mil reais, 7,5 vezes o preço de um coletivo; sem falar que os ônibus são revendidos e vão para a roça – com depreciação de 15 % ao ano resta 40 % do valor na revenda; é preciso investigar esses números).

Enfim, há espaço demais para renovação, há espaço e tempo para uma revolução de grandes proporções. Eu gostaria de participar disso, pois a pergunta é esta: ao fim da reevolução como pareceriam os novos ônibus e os novos povos?

Vitória, sexta-feira, 13 de abril de 2007.

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