Novônibus
Tenho me voltado sempre para os ônibus
(omni/bus em latim significa “para todos”, popular) porque eles são
instrumentos de libertação que tem escravizado a população com sua freqüência
intermitente, seu desenho deplorável, sua tristeza consistente na falta de
cores e de alegria externa e interna, sua incapacidade de informar e muitos
outros índices de deficiência das elites.
VELHÔNIBUS (velhas elites).
Perguntariam como pode ser melhor do que já é, e só de perguntar já estão
indicando a crença na subserviência do povo. Os velhos ônibus são retrato de
como as elites vêem os operários.
URBANOS
|
INTERURBANOS
|
|
|
ÍNDICES
DOS NOVÔNIBUS
· Computação nas
cadeiras;
· Lixeiras individuais;
· Local para bagagens;
· Mais espaço para as
pernas;
· Mapas do lado de fora
(já sugerido);
· Novas carrocerias
(nas idéias e patentes coloquei isso);
· Novos pontos;
· Ônibus menores e mais
freqüentes (já sugerido);
· Muitos outros índices
(não é só um dia de atendimento, pois os ônibus são usados sete anos: 7 anos x
365 dias/ano x 10 viagens/dia dá quase 26 mil viagens (contando média de 20
passageiros por viagem dá meio milhão de passageiros; a R$ 1,50 chega a 750 mil
reais, 7,5 vezes o preço de um coletivo; sem falar que os ônibus são revendidos
e vão para a roça – com depreciação de 15 % ao ano resta 40 % do valor na
revenda; é preciso investigar esses números).
Enfim, há espaço demais para renovação, há
espaço e tempo para uma revolução de grandes proporções. Eu gostaria de
participar disso, pois a pergunta é esta: ao fim da reevolução como pareceriam
os novos ônibus e os novos povos?
Vitória, sexta-feira, 13 de abril de 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário