O Que as Mulheres
Andam Fazendo?
Se você sentar à
mesa de um bar (porque está na rua, em ambiente aberto; mas, desde que expanda
sua consciência pode ser num escritório, numa fábrica, num navio, onde for) e
olhar em volta e perguntar de tudo aquilo “o que as mulheres fizeram? ”, que
respostas terá? Para minha surpresa, frente a todo avanço delas, muito pouco.
Não fizeram os carros, nem as máquinas de costura, nem o asfalto, nem os
prédios, nem as mesas do bar, nem as casas, nem quase nada, exceto serviço de
escritório, coisas do lar e mais alguma coisa, bem mais que antes.
Na realidade os
homens é que fazem quase tudo.
NA REALIDADE os
homens têm grande consideração por elas.
Com espanto vejo que
elas não estão nas tarefas de pensar e de fabricar, só nas tarefas “fáceis”.
Trabalham muito, trabalham bastante, mas não nas coisas mais relevantes,
digamos assim. Anexo um texto da Fundação Carlos Chagas que prova que elas
trabalham bastante, mas se você listar quase tudo que há à sua volta não verá a
razão delas, pois elas estão em toda parte, mas só dentro de repartições. Na
que estou há mais delas que homens. Elas estão nos empregos confortáveis,
dentro dos escritórios, agregadas ao poder, usufruindo. Poucas vão aos serviços
pesados, que continuam “dos homens”. Sempre produzimos visões favoráveis a
elas, mas nunca pensamos no equilíbrio real. Defendendo seus próprios
interesses elas vão ficando nos lugares confortáveis e exigindo cada vez mais
“por trabalho igual”, até ser gerada uma posição desigual inversa, invertida da
antiga, em que os escravos eram outros. O risco é sairmos de uma escravidão
para outra.
Vitória, agosto de
2005.
O TRABALHO FEMININO NO BRASIL
|
Quarta-Feira, 12 de outubro de 2005
Trabalho / Mulheres
A feminização do mundo do trabalho
18.11.04 - BRASIL
Altamiro Borges * |
A
Feminização no mundo do trabalho: entre a emancipação e a
precarização*
 * Publicado in: PARTICIPACÇÃO BOLETIM DO BLOCO DE ESQUERDA PARA O TRABALHO, nº
10, Nov/Dez. 2004. Lisboa/Porto, Portugal. Emails: benacional@netcabo.pt / victor.franco@netcabo.pt |
Nenhum comentário:
Postar um comentário