terça-feira, 28 de novembro de 2017


O Nível Oscilante do Mar

 

                            Em termos geológicos a presença humana é micrométrica e penso que não interfere mesmo quase nada na existência do planeta. Estamos fazendo onda por nada. Creio que a análise estatística de fundo provaria que os fenômenos menores não fazem parte da grande onda de mudanças no plano geológico. É que desde o Ano Geofísico de 1957 a Antártica viu decrescer sua área em 25 %, o Pólo Norte reduziu bastante sua área gelada, o Kilimanjaro praticamente não tem mais neve, o Nordeste da Rússia na Sibéria vem esquentando e assim por diante; contudo, não creio que esses fenômenos digam respeito à presença da humanidade – eles estavam pré-programados.


Entrementes, é certo que o nível dos oceanos oscila, está firmemente provado. O que penso é isto: a ação humana é uma fina capa no momento programado do planeta. Uma Bola de Fogo está em curso, um esquentamento periódico que solta o excesso de calor do interior do mundo. É periódico e não deveria assustar, exceto que acontecendo irá prejudicar, seja programado ou evento de origem humana. Deveríamos avaliar com muito maior precisão a curva de subida-descida nas costas, nas plataformas continentais, como esta abaixo. Isso é que é fundamental. Como no outro caso das placas continentais, contamos bem pouco nesse nível de existência mais larga do planeta. Em sua existência físico-química a Terra não nos leva em conta, somos apenas uma tinta psicológica provisória da crosta, uma mancha que desaparecerá com o tempo.

UMA MANCHA NA PELE DA TERRA (em tempos geológicos tudo isso vem e vai, aparece e desaparece – só é importante para nós, que estamos nos tempos menores) – Castela na Espanha.


Em resumo, em tempos geológicos a Terra não está nem aí para nós. Para compreendermos e agirmos melhor esses diferentes tempos deveriam ser separados. Isso não quer dizer que não devamos tomar providências quanto aos problemas, pelo contrário, porque se for de um jeito ou de outro sempre causará dano.

Vitória, agosto de 2005.


DEGELO DO NORTE

Destaques
Novo satélite para medir degelo polar
Por Julio Godoy*
A Agência Espacial Européia pretende lançar o satélite CryoSat II no prazo de três anos, depois do fracasso da primeira missão, em outubro.
WWI
Worldwatch Institute
Mudança Climática deixa o Mundo em Perigo
Lester Brown
Caso qualquer explorador se dirigisse ao Polo Norte neste verão, teria que nadar os últimos quilômetros. A descoberta de mar aberto no Polo, por um navio quebra-gelo de cruzeiro em meados de agosto, surpreendeu muitos na comunidade científica.
Brasília, terça-feira,
23 de janeiro de 2001
Mundo
Pólo Norte está derretendo
Da Redação Reuters 13.7.99
Apesar do alerta de ontem, os efeitos do aquecimento global estão sendo sentidos já há alguns anos. O mais devastador deles é o degelo ocorrido no Pólo Norte.
Alemanha | 28.04.2005
Cada vez menos gelo no Pólo Norte
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  O aquecimento do clima global está derretendo o gelo ártico mais rápido do que se pensava. Em Viena, oito mil pesquisadores revelam descobertas alarmantes.
Inna Rottscheidt (av)
Cobertura de gelo no Ártico é a menor em um século
Imagens de satélite mostram desde 2002 um processo de degelo incomum em áreas do norte da Sibéria e do Alasca
 

DEGELO NO PÓLO SUL

Ação humana potencializa degelo na Antártica
24/02/05 - 16h15
O derretimento das placas de gelo da Antártida, por causa do aquecimento global, não é novidade na história do planeta, mas agora isso está acontecendo por causa da ação humana e é potencialmente mais grave.
FONTE: Estadão
SBPC
Homem torna imprevisível o degelo na Antártida
Último estudo sobre o tema derruba tese de que há placas de gelo perenes e alerta para degelo ainda maior com a ação humana.

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