O Indivíduo com
Defeitos Freudianos e Ânsias Junguianas da Coletividade
Eis a Psicologia do
modelo:
·
QUADRADO:
1. Figuras ou psicanálises;
2. Objetivos ou psico-sínteses;
3. Produções ou economias
(agropecuária-extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos);
4. Organizações ou sociologias;
·
CENTRO: espaçotempo ou geo-história.
Ora, o Capitalismo geral não quer o
coletivo, quer o individual (= PONTUAL, na Rede Cognata), quer isolar o
indivíduo, quer impedir que ele faça perguntas reveladoras. NÃO FAZER PERGUNTAS
COLETIVISTAS que superconduzam ao coletivo.
FREUD
E JUNG
Freud
diz que o indivíduo é que está com defeito e é ele que precisa ser
racionalmente consertado: as dúvidas pairam sobre as PESSOAS (indivíduos,
famílias, grupos e empresas) como pontos, de fora para dentro, com inculpação
pontual, enquanto Jung caminhou para o coletivo, para o julgamento dos
AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundo): o que está errado em
nossa vida pública? Tal julgamento foi obstado, prevaleceu o outro – a PESSOA é
o esgoto do mundo. Freud era judeu, individualista das tribos do deserto, onde
a vida é dura e disputa pesada; Jung era alemão, coletivista das tribos, das
estepes onde se deve compartilhar obrigatoriamente, pois o inimigo é cada
centímetro cúbico gelado no inverno.
Freud disse ao mundo o que ele
“precisava” (queria) ouvir: vá lá e conserte o indivíduo, pois ele é que é
culpado de tudo, é dele o ônus do tratamento e a pena pela cura. Jung ousou
começar a caminhar até a reunião: nós não entendemos o mundo, juntemo-nos. O
Capitalismo não queria ser julgado, contestado, aborrecido com debates – era
preciso acumular para os 20 % 80 % de tudo e para o 1 % “mais alto” 20 % de
tudo. Jung foi afastado e pronto.
E a geo-história, que está no centro,
foi feita individualista também, de modo que o que vemos atualmente do
espaçotempo GH são discussões das escolhas pessoais. Nunca vemos a discussão do
coletivo como fonte das doenças, o desamparo e o isolamento de todos e cada um
como origem de nossos traumas.
Vitória, agosto de 2005.
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