segunda-feira, 27 de novembro de 2017


Alfinete com Cadeado

 

                            Pensei assustado que se deixarmos qualquer coisa sem cadeado na rua ela é roubada no Brasil: os ladrões estão passando por ali. Quando contei isso aos meus filhos Clara e Gabriel também ficaram assombrados.

                            No Brasil alfinete sempre é citado nas conversas como coisa sem valor, menos até que uma bala (atualmente custando cinco centavos: é o menor valor de produto, e indicador de moeda, valendo como o centavo da moeda padrão, ou seja, a inflação do real foi pelo menos 400 %, pois a bala de início custava um centavo: 1 x 5 = 5). Diz-se: “vale menos que um alfinete”, quer dizer, menos que nada. É que o alfinete tinha significado e uso universal e porisso mesmo foi supervulgarizado, repetiram tanto que perdeu valor.

                            UM ALFINETE (eles são vendidos sempre aos bancos)


Pois bem, se um alfinete for deixado na rua ele deve ser cadeado para não levarem embora. A trajetória do Brasil para chegar onde estamos merece ser contada: de um país prometedor a essa achincalhação atual, que é que financiou tamanho disparate? É preciso investigar e fazer livros dando conta das trilhas de desacertos da burguesia dita “nacional” e sua anticristianização, seu distanciamento do povo que deveria servir.

Vitória, agosto de 2005.

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