quinta-feira, 30 de novembro de 2017


Vivo com Rendimentos Muito Baixos

 

Como já declarei outrora, a Brastemp não presta, aquela geladeira que comprei e logo deu defeito, não fazia o trabalho para que foi comprada, gelar. Desde 1994 venho adquirindo sucessivamente computadores de todo tipo, desde as torres ou PC até os notebooks e agora um note-tablet – um bandido que chamei para consertar uma torre disse que se durasse um ano já estava bom demais: seria como comprar um carro para ele se acabar em um ano. Depois teve o caso dos programas da Microsoft, comprei seis ou sete (antes deles virem incorporados) Windows, que só podia ser usado 20 vezes, depois bloqueava, como uma bicicleta que só pudesse ser pedalada duas dezenas de vezes.

Há inúmeros aparelhos Xing Ling chineses da pior qualidade, como os guarda-chuvas que só duram uma chuva, e outros, feitos com trabalho escravo, pagos irrisoriamente, substitutos das boas máquinas ocidentais, que eles copiam deslavadamente sem pagar direitos, depois de longamente desenvolvidos aqui.

Minha renda é, no Brasil, relativamente alta, embora defasada seis anos sem reajustes pelos governos de Renato Casagrande e Paulo Hartung Gomes, ainda que quase metade seja levada por tributos e obrigações de sobrevivência. Se vivo apertado é porque compro livros e contraí empréstimos, ou por opção.

EIS A LISTA (exponho-a porque não posso falar de outros) – antes de haver algumas mudanças.

ITEM
R$ 1,00
REDUÇÃO
R$ 1,00
Bruto.
20.829
Abate-teto
1.392
 
19.437
IPAJM (Instituto de Pensões e Aposentadorias Jerônimo Monteiro), embora já aposentado.
1.530
17.907
IR (ainda que aposentado).
4.055
13.852
UNIMED (embora pague, não posso viver de SUS).
1.500
12.352
Clara (filha).
3.000
9.352
IR VERA
2.000
7.352
ICMS (embutido, em torno de 17 %).
1.250
Despesas.
6.100
Empréstimo.
2.450
3.650
Condomínio.
1.050
2.600
Empregada e INSS.
1.350
1.250 (poder líquido de compra)

De Clara para baixo deveria ser somado, então vivo de 12,3 mil, 8,5 mil sendo pago a vários títulos. Daria para viver confortavelmente.

A questão é que deparamos com o verdadeiro custo-Brasil, todas as impropriedades que o país tem de tolerar dos de fora e dos de dentro. As máquinas, aparelhos, instrumentos, programas, repartições, escritórios, fábricas, consultórios, instituições e tudo mais é muito ruim no nosso país, os rendimentos delas são muito baixos, deploráveis. Tudo que a gente compra logo dá defeito, estraga, deteriora.

Vitória, quinta-feira, 30 de novembro de 2017.

GAVA.

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